Título da redação:

Guerra Ideológica

Tema de redação: A influência de "fake news" no cenário político brasileiro

Redação enviada em 02/09/2018

Na Alemanhã Nazista de Hitler (1933-1945), o Ministro da Propaganda do Reich, Joseph Goebbels, dizia que uma mentira contada mil vezes, tornava-se uma verdade; e foi com ajuda da propaganda em massa que o governo nazista conseguiu legitimidade para suas atrocidades. No Brasil, uma mulher foi assassinada de forma brutal por moradores após um boato ser compartilhado pelo Whatsapp. O que são “fake news”? Boatos, mentiras ou distorções de fatos podem fazer parte dos jogos de disputa retórica, para justificar uma hegemonia ideológica, ou, em alguns casos, podem ser um caso de segurança pública. No Brasil, ainda não há consenso sobre o que o termo “fake news” pode se referir (em tradução literal para o português: “notícia falsa”). Podemos divergir aqui dizendo que, se a notícia é falsa, logo não é uma notícia, mas uma mentira; e como mentira, calúnia ou difamação há tipificação no código penal. Bauman definiria como sendo uma das peculariedades de nossa modernidade líquida; uma pós-verdade, em outras palavras, uma verdade subjetiva. Continuando o debate, os desafios em definir o termo “fake news” é tão complicado que está gerando outros debates sobre quem poderia dizer o que é ou não “fake news” para uma possível sanção. Com a crescente polarização do cenário político brasileiro, e o aumento do uso de mídias sociais para disputa retórica em debates políticos, o brasileiro está em meio a um tiroteio de pós-verdades. De um lado grupos que obtem lucro com a dissiminação de conteúdos duvidosos, os “clickbait”; e do outro, políticos que conseguiram se beneficiar com a circulação desses conteúdos. Desde 2013, o cenário político brasileiro está sendo bombardeado por “fake news”; que direta ou indiretamente ajudaram a construir um golpe político-jurídico-midiático para depor uma presidenta eleita. Nesse sentido, para as eleições, a Mídia e as redes sociais de grande circulação de informações, como Facebook, Twitter e o Whatsapp com parceria do Governo Federal tem um papel importante na conscientização da sociedade sobre os malefícios de se compartilhar conteúdos duvidosos sobre políticos ou fatos políticos; não cabendo aplicação de sanções por ser “fake news” - porque ainda não há consenso sobre o termo, e dificultando para uma possível tipificação de crime -, mas construindo algoritmos capazes de verificar a fonte em banco de dados do governo e/ou entidades confiáveis, e que caso positivo na falseabilidade, bloqueariam em um primeiro instante o compartilhamento, e avisariam o eleitor sobre uma possível falseabilidade dos fatos mostrando os fatos verdadeiros descobertos no banco de dados, assim, conscientizando o indivíduo.