Na Grécia Antiga, os Sofistas, primeiros professores a cobrar para ensinar, foram criadores da Falácia, ou seja, a arte de persuadir e enganar outrem através da fala. Atualmente, essa habilidade perigosa, é amplificada através das mídias sociais, de modo que notícias falsas e sensacionalistas são difundidas como verdade absoluta para uma maioria da população. Dessa forma, em um Brasil com cenário político caótico, a propagação de informações duvidosas apresenta um risco real à democracia do país, de modo a se tornar essencial discussão a respeito do tema. Com a popularização da internet e das mídias sociais, observa-se a rapidez extrema nas trocas de conteúdo, logo, maior facilidade na criação de notícias que possam ser consideradas virais. Desse modo, as informações falsas, por estarem disseminadas no mundo virtual, ganham maior alcance até mesmo que as Falácias da Grécia Antiga, ao ponto que, segundo estudos do Instituto de Ciência e Tecnologia de Massachusetts (MIT), as Fake News têm 70% maior rapidez na propagação que notícias reais. Visto isso, pode-se entender as Fake News como uma ameaça à integridade das opiniões do povo brasileiro, sendo imprescindível uma maior atenção do Governo para com estas. O filósofo Sócrates acreditava que o Sofismo conduziria a Democracia Grega para o abismo, afinal, ao manipular o conselho, os votos não necessariamente iriam para as melhores propostas. Atualmente, em contexto de eleições gerais no Brasil, as Fake News podem mudar irreversivelmente a intenção de voto de determinada parcela populacional, visto que para difamar determinado candidato, são implantadas notícias irreais, que possuem grande chance de serem tomadas como verdade absoluta já que, segundo a CNT, 80% dos brasileiros acreditam em tudo que leem na internet. Desse modo, leis precisam ser criadas para inibir a criação de notícias falsas e aparentemente inofensivas que, no entanto, parafraseando Sócrates, são capazes de conduzir a Democracia para o abismo. Percebe-se então, a necessidade de uma maior atenção ao conteúdo falso compartilhado nas mídias sociais, de forma a penalizar seus criadores. Para tanto, o Governo Federal deve, por meio de empresas donas de mídias sociais, aplicar leis punindo a criação de Fake News, com alerta à população através de propagandas, para que, dessa forma, a população utilize os meios virtuais como facilitadores na obtenção de informações consistentes ao escolher um representante para o cenário político do Brasil.