No limiar do século XXI, um novo problema surge com a popularização da internet: as notícias falsas ou "fake news". Nesse contexto, muitas notícias sobre política moldam a escolha do público eleitor. Além disso, não existe ainda uma lei que puna os responsáveis pela disseminação de mensagens inverídicas. De acordo com uma pesquisa do jornal Estadão, doze milhões de pessoas compartilharam "fake news" no Brasil apenas em junho de 2018. Em outras palavras, conteúdo falso ou distorcido pode ter atingido a maioria da população que utiliza redes sociais ou aplicativos de mensagens instantâneas. Isso é um problema, visto que as pessoas votam ou deixam de votar em determinado candidato baseado em uma divulgação que enaltece ou denigre a imagem dele. Logo, grande parte dos brasileiros está sujeita a ter sua opinião manipulada e, também, pode escolher seu candidato eleitoral baseado em inverdades a respeito da pessoa. Um exemplo recente e de grande repercussão internacional ocorreu na eleição dos Estados Unidos. Consoante notícia do jornal Estadão, operadores russos utilizaram redes sociais online para dividir o país. Outrossim, no Brasil, conforme pesquisa realizada no site do senado federal, 72% das pessoas são a favor de tipificar como crime a divulgação de notícias falsas, enquanto 66% afirmam que deve haver uma punição maior se a divulgação for feita por meio da internet. Essa majoração justifica-se porque a velocidade do meio potencializa o dano, já que as informações se espalham rapidamente e atingem milhares de pessoas em questão de segundos. Apesar disso, ainda não existe legislação sobre o assunto e a sociedade brasileira que utiliza as redes sociais segue à mercê de manipulações que chegam disfarçadas de notícias. Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para solucionar o impasse. Para isso, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério das Comunicações, deve realizar palestras, nas instituições de ensino, voltadas aos pais e alunos e ministradas por jornalistas e outros profissionais da área da comunicação. Os cursos devem versar sobre estratégias sobre como confirmar fontes e verificar autenticidade de uma notícia, além de orientar a não compartilhar informações duvidosas. Dessa forma, a população brasileira estará melhor preparada para lidar com as "fake news" e não será desvirtuada na escolha de seus candidatos políticos.