"O caminho digital é sem volta". A frase dita pelo escritor Paulo Coelho faz reflexão acerca da importância do mundo digital na atualidade. Entretanto, com o mundo na palma da mão, muitas pessoas acabam confundindo conteúdos verdadeiros com falsos, disseminando notícias de cunho duvidoso como verdades absolutas. Assim, no Brasil as chamadas "fake news" geram influências negativas no cenário político brasileiro, sendo necessário combatê-las. Primeiramente, cabe lembrar, dentro da história, a longa trajetória das "fake news". As mentiras que se espalham e convencem massas são surgiram com as redes sociais. Na idade média essas eram propagadas com surpreendente eficácia, por meio de ordens medicantes - religiosas -, jograis e peregrinos e tinham como função justificar atos que, de outra forma, seriam intoleráveis. Ademais, posteriormente, na Segunda Guerra Mundial, as atrocidades cometidas durante a o Holocausto não tiveram a credibilidade necessária, em função das notícias falsas criadas sobre a Alemanha na Primeira Guerra como, por exemplo, a descrença sobre os agentes poloneses que levavam notícias do extermínio. Assim, notícias verdadeiras são percebidas como falsas, o que nesse caso ocasionou muitas mortes. Outrossim, as "fake news" causam tumulto pois são propagadas pelos novos veículos de informação, como o "facebook" e "whatsapp"que, por não ter uma forma de barrar notícias falsas, acabam disseminando conteúdos de origem duvidosa. Além do mais, ligados a política brasileira as notícias falsas descontextualizam informações e amplificam esse problema, como no caso da deputada Marielle Franco - assassinada esse ano -, que teve suas palavras distorcidas com a finalidade de manchar sua reputação e descredibilizar seus atos. Destarte, a falta de controle das "fake news" causa insegurança e descrença por parte do leitor. Fica claro, portanto, a necessidade de intervenção. O Ministério da Defesa, juntamente com a ABIN ( Agência Brasileira de Inteligência) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), devem frear esse fenômeno a fim de barrar os efeitos, principalmente, em questões políticas brasileiras. Logo, a ABIN deve verificar a vulnerabilidade dos sistemas, implantando tecnologias que identifiquem as "fake news" e as barre, bem como, o STF deve encarregar-se de interpretar, julgar e punir os conteúdos divulgados. Ainda, a mídia séria e comprometida deve, por meio de propagandas, alertar a sociedade dos riscos estrondosos das "fake news". Somente assim, o Brasil garantirá segurança e veracidade nas informações disseminadas, principalmente às ligadas a política brasileira.