É fato que com o advento da internet e avanço da tecnologia, as pessoas têm mais acesso a informações e à disseminação das mesmas de uma forma mais ampla o que não é sinônimo necessariamente de eficácia, pois esse compartilhamento de dados nem sempre é feito de maneira responsável. Em tempos não tão remotos, os jornais na maioria das vezes existiam em versões impressas, os fatos eram veiculados por jornalistas que checavam a veracidade de suas fontes, pois disso dependia a sua credibilidade enquanto profissional de comunicação, todavia isso não os isentava de transmitir notícias tendenciosas com uma com uma técnica de subjetividade inserida numa objetividade de noticia. Fica evidenciado que nos últimos tempos essa possibilidade de acesso e disseminação de conhecimento sofreu processo de democratização dando a uma grande massa esse poderio, de publicar e subjetivar informações , descentralizando, desconcentrando o acesso à informação o que antes era filtrado, por uma pequena elite aristocrática. As consequências advindas desse fato trazem consigo benefícios, uma vez que essa disseminação é positiva, podendo a grande massa obter informações de forma mais facilitada, contudo, por outro lado o que era centralizado nas mãos de poucos agora é feito por milhares de pessoas, gerando as chamadas “fake News”, notícias falsas. Esse quadro é refletido em vários âmbitos: social, financeiro, sobretudo político. A rede de mensagens whatsapp que hoje conta com mais de 120 milhões de usuários no Brasil está preocupada com a disseminação de notícias falsas pelo aplicativo durante a campanha eleitoral. Face book e twiter também lançaram suas propostas para ajudar a manter a integridade do pleito em 2018. Lida se hoje com um quadro totalmente inovador e é necessário pensar em implementações para impor limitações a quem cria e compartilha notícias falsas. O uso da inteligência artificial é um bom aliado. Se um usuário compartilha mil mensagens por minuto, há indícios de que se trata de um robô. Outra frente a se atuar é criar parcerias com serviços de checagem de notícias e orientação de que tipos de dados os candidatos ao pleito poderá vir a ceder para embasar inquéritos, caso haja abusos . É necessário haver uma responsabilização criminal de quem crie notícias falsas.