Atualmente, as chamadas "fake news" (notícias falsas) tem se espalhado rapidamente pelo mundo por meio de plataformas como Whatsapp, Facebook e Youtube, obtendo um alcance maior do que a própria imprensa. Desse modo, a relevância aumentou depois que foi comprovado, segundo matéria veiculada pela jornalista Carolina Cunha no site vestibular UOL, o uso das fake news por Donald Trump para se eleger presidente dos Estados Unidos. Nesse contexto de disseminação de notícias falsas, o Brasil não fica de fora e, em pleno ano de eleições, nos leva a analisar duas vertentes: que motivos poderiam levar as fake news para o cenário eleitoral e quais as consequências de sua disseminação durantes as candidaturas atuais. Em primeira análise, cabe pontuar que as fake news chegaram ao Brasil porque o brasileiro confia nas redes sociais como fontes de notícias e está entre os usuários da rede que mais compartilham informações no mundo mesmo sem checar a veracidade ou outras fontes. Corrobora tal afirmação uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo que estimou que cerca de 12 milhões de brasileiros já difundiram notícias falsas sobre política. Dessa forma, é imprescindível que haja estudos para que essa prática diminua e se evite tantas calúnias e mentiras na rede. Ademais, convém frisar que difusão de atributos negativos podem atingir irresponsavelmente uma pessoa ou derreter uma candidatura legítima. No âmbito eleitoral, traz consequências como o prejuízo à capacidade do leitor se informar e obter o senso crítico coerente, o enfraquecimento do debate público, a ampliação da polarização do discurso e disseminação mensagens de ódio. Diante do supracitado, portanto, faz-se necessário lançar ações para mitigar essa conjuntura. Logo, o Governo Federal, assessorado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, pelo Tribunal Superior Eleitoral e pela Polícia Federal, deve criar ações no combate às fake news por meio de monitoramento das plataformas mais utilizadas, a criação de ambientes digitais do Governo Federal para sanar dúvidas e receber denúncias; e ampliação das penas atuais, por meio de atualização da legislação penal junto ao Congresso Nacional, a fim de auxiliar no exercício da democracia e evitar investigações posteriores ao pleito eleitoral como aconteceu nos Estados Unidos. Só assim, a influência das fake news no cenário atual do país será passado e o presente evidenciará um futuro melhor.