Para Thomas Hobbes, principal filósofo no ramo da filosofia crítica, "o homem é o lobo do homem", ou seja, ele por si só não merece confiança. Aliado a essa teoria, uma questão tem total relevância: a crescente taxa de fake news, fato que corrobora não só para a alienação das pessoas, como também para a proliferação de notícias falsas, principalmente no campo político. Em primeira análise, é crucial refletir sobre o quão prejudicial é a disseminação de notícias falsas no cenário político, tendo como objetivo a função de distorcer a verdade por meio de fortes campanhas apelativas que conseguem persuadir o interlocutor, levando-o muitas vezes em acreditar em fatos que não condizem com a realidade , como por exemplo criando perfis falsos nas redes sociais que divulgam pseudo pesquisas/ envolvimentos com corrupção, isso tudo para que haja possa denegrir a imagem de um determinado candidato. Desse modo, através da má fé das pessoas, a tecnologia que poderia ser utilizada para tornar o cidadão crítico diante dos fatos, é algo que ocasiona dúvidas, tornando as pessoas vítimas do sistema. Ademais, para Zygmunt Bauman, principal sociólogo contemporâneo que formulou a teoria da modernidade líquida, com a chegada da globalização junto com a tecnologia, tudo se tornou efêmero, tudo que era sólido passa a se tornar líquido, as pessoas não conseguem mais estabelecer relações sólidas. Isso é provado pelo fato da população serem bombardeadas a todo instante com notícias, hoje antipatia prevalece, os conteúdos conteúdos são compartilhados e as pessoas não se preocupam com a consequência e nem quem será atingido. Outro fato que chama atenção são os políticos antes de eleitos prometerem algo que depois de eleitos não cumprem com o que disseram. Com isso, gera uma população pessimista com o cenário político, fato que se relaciona com a última eleição de 2014, no qual se teve mais de 20% de abstenção de votos. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que as redes sociais devem criarem medidas que atenuem essa situação, como por exemplo criando cartazes que compartilhem características para identificar fake news trazendo a mensagem: antes de divulgar vale a pena pesquisar. Induzindo as pessoas a se informarem, buscarem em sites de confiança a respeito das notícias antes de serem compartilhadas, com isso, além das pessoas se tornaram mais críticas, terá menos pseudonotícias circulando. Às escolas, destina-se o papel de ensinar a importância da ética aplicada à sociedade, a fim de tornar pessoas empáticas com o próximo, respeitando se colocando no lugar antes de tornar público sua opinião.