Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a questão do fake news no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal luminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrisecamente ligada a realidade do país seja pela rapidez com que os boatos falsos se expalham, ou pelas consequências que uma notícia falsa pode causar. Nas últimas décadas, a internet representou um rompimento com a antiga relação de poder. Em função do advento das redes sociais, por exemplo, qualquer usuário pode ocupar a posição de produtor de informação e alcançar um público imensurável. Assim, posts em blogs, no Facebook, twiters, mensagens no Whatsapp, vídeos no YouTube e vários outros formatos dão suporte a notícias, opiniões e comentários de pessoas comuns, pulverizando o que antes era exclusividade de empresas e conglomerados jornalísticos e assim propagando noticias falsas. Outrossim, destaca-se as consequências da veiculação dessas notícias, são gravíssimas nos Estados Unidos, por exemplo, atribui-se a eleição do republicano Donald Trump à Presidência do país pela profusão de material falso sobre sua adversária, Hillary Clinton. No Brasil, podemos destacar o caso do linchamento de uma mulher no Guarujá, que teve início com um boato no Facebook, uma notícia falsa de que uma sequestadora de crianças agiria na cidade. Torna-se evidente, que o combate a divulgação das fake news precisa ser realizado. Portanto, o Poder Legislativo deve acelerar projetos de leis ao crime de divulgação de informações falsas estabelecendo pena de detenção e serviços comunitários. Além disso, o Ministério da Educação deve promover aulas digitais nas escolas, fiscalizadas por professores de informática para que os alunos aprendam sobre educação digital e normas de comportamento online. Por fim, a mídia deve disseminar nos meios de comunicação métodos e dicas de descobrir e identificar uma fake news.