Consoante o poeta brasileiro Cazuza: "Eu vejo o futuro repetir o passado", é visível que a falta do desenvolvimento sustentável no Brasil não é um problema atual. Desde o advento da Revolução Industrial, em 1930, quando ocorre a automação da indústria, facilitando a retirada excessiva dos recursos naturais e a produção em massa, essa vicissitude é uma realidade. De mesmo modo, na contemporaneidade esse problema persiste devido não só ao consumo exagerado como também à negligência governamental. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz. Em primeiro lugar, convém ressaltar que o consumo exacerbado é um agente determinante para a permanência da problemática. Visto que, para formar uma sociedade consumista e favorecer o comércio, o hodierno sistema capitalista incentiva o consumo e descarte acelerado e inadequado, fazendo com que os indivíduos vivam no famigerado "American Way Of Life". Com efeito, decorrem sérios danos para o meio ambiente e para a humanidade, como: extinção de animais, aumento do gás carbônico na atmosfera, poluição da natureza e desmatamento, que contribuem para tornar o país "verde e amarelo" menos verde a cada ano. Nesse sentido, faz-se necessária a reversão desse contexto putrefato. Ademais, é importante salientar que o dilema deriva, ainda, da falta de atitude do governo no que concerne a criação de medidas para aumentar o investimento na natureza e retroceder com os males causados. Isso se torna mais claro, por exemplo, com o documentário "Nosso Planeta", produzido pela Netflix, o qual mostra cenas reais e tristes, filmadas em vários países do mundo, inclusive no Brasil, das consequências que a ausência de hábitos sustentáveis trazem para todos os habitats, com enfoque nos animais. Por certo, esse efeito tende a aumentar conforme o tempo passa, já que, mesmo com essas cenas alarmantes, o Estado permanece indiferente. Ora, se um governo se omite diante de uma questão tão fulcral, entende-se, então, o porquê de sua continuação. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente. Depreende-se, dessa forma, a necessidade de implantar o desenvolvimento sustentável no Brasil e entender sua importância. Para tanto, é necessário que o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, incentive, na sociedade, o consumo consciente, descarte adequado e a sustentabilidade, por meio de campanhas publicitárias, palestras, "workshops", seminários e outros, visando conscientizar a população sobre os impactos que as suas atitudes trazem à natureza e mudar seu comportamento irregular. Somado a isso, torna-se primordial a criação de uma lei, pelo Poder Legislativo, que aumente o capital investido em programas de recuperação da fauna e flora, por meio do redirecionamento de verbas governamentais, com o intuito de reparar os crimes cometidos contra a mãe natureza e tornar o país uma referência no crescimento sustentável. Quem sabe dessa forma, superar as consequências negativas da Revolução Industrial deixe de ser uma utopia e se torne uma realidade na nação.