Porque as doenças mentais ainda são tabus no Brasil contemporâneo?A falta de compreensão social imbui de preconceito doenças que não são fenômenos isolados em indivíduos. Nesse contexto, as pessoas equiparam-se ao paradigma da normalidade, contudo não é como se sentem. Desse modo, disfunções psíquicas, tais como depressão, ansiedade e bipolaridade, enfrentam desafios para serem encaradas como doenças passíveis de atingirem a todos independentemente da idade, situação socioeconômica ou gênero. A palavra "estigma" tem sua origem na Grécia Antiga, quando escravos e párias sociais eram marcados por cicatrizes para segregar a parcela "boa" da sociedade dos "indesejáveis". Hodiernamente, o mito da normalidade isola os que sofrem de patologias psicológicas ao valer-se de preconceitos. Entretanto, vale ressaltar que tal comportamento é fruto da falta de conscientização quanto ao fato de que tais doenças devem ser tratadas e medicadas como qualquer outra. Outrossim, a falta de diálogo entre aqueles que necessitam de ajuda e um apoio familiar é avassalador principalmente entre os jovens, pois exponencialmente os pais então delegando às tecnologias a tarefa de educá-los e, concomitante a isso, os adolescentes passam horas em redes sociais em que mostram " vidas perfeitas" que mascaram a realidade. Consoante em Instituições públicas, estudantes pressionados pelo desemprego e fracasso profissional desenvolvem depressão e distúrbios, pois o status quo do ambiente em universidades de certo modo estimula ao aparecimento dos problemas mentais. Com base no que foi exposto, cabe ao Ministério da Saúde criar propagandas por meio das redes sociais e campanhas em teatros e na televisão que incitem a discussão em sociedade acerca da existência desse problema que é ignorado . Além disso, deve-se envolver educadores, pais e jovens para acabar com o tabu entre aqueles que estão mais suscetíveis à sofrer com o silenciamento afinal ações coletivas tem poder transformador.