Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A importância de se discutir doenças mentais na contemporaneidade

Redação enviada em 04/08/2019

Cada época possui suas enfermidades. Desse modo, temos uma época bacteriológica, que chegou ao seu fim com a descoberta dos antibióticos. Neste século doenças neuronais - como a depressão, transtorno de déficit de atenção com síndrome de hiperatividade (TDAH), transtorno de personalidade limítrofe (TPL) ou Síndrome de Burnout (SB) - determinam sua paisagem patológica. Neste meio moderno, regrado da “ditadura da felicidade” e banalização dos sintomas, faz se necessário tornar tal discussão pública. Segundo o livro “Sociedade do Cansaço”, tal epidemia é explicada pelo excesso de felicidade. Nela a felicidade é endeusada, a triste, o diabo. Esse modo é pregado em livros de autoajuda, que hoje lideram as vendas do setor, palestras motivacionais e histórias de superação, a importância de um minset positivo. Isso gera uma perseguição e repudio a sentimentos não felizes - tristeza, raiva, ciúmes – sem reconhecer sua importância para o autoconhecimento e perpetuando tal sentimento por meio de um ciclo de retroalimentação de sentimentos negativos. Aliado a isso há a banalização de tal enfermidade, na qual pessoas constantemente se auto diagnosticam, fazendo sentimentos normais como tristeza serem chamados de depressão. Não obstante há um diagnóstico preconceito. Depressão? Falta de igreja. TDH? Falta de cinta. SB? Desculpa para não trabalhar. Essas ideias fazem com que os portadores de tais deficiências se sintam culpados e não doentes que precisam do devido acompanhamento médico. Até 2030 as doenças mentais serão a principal causa de incapacitação no mundo em 2030 e a conjuntura atual só vem piorando. Portando há a necessidade de ampliação ao acesso a psicologia. Isto deve ser feito ampliando sua disponibilidade pelo SUS, permitindo acompanhamento gratuito e de qualidade, bem como a inserção de psicólogos para acompanhamento e lecionamento nas escolas, buscando desde cedo ensinar as pessoas como tratar de seus sentimentos, questionar o que é imposto pela sociedade como padrão de mentalidade e correto diagnostico em estágios iniciais. A enfermidade da nossa época não pode ser enfrentada com antibióticos, nem apenas com drogas. É necessário o constante aprimoramento da psique par torna-la forte e autossuficiente no mundo frenético que hoje vivemos.