Conforme defendeu o sociólogo Zygmunt Bauman, o egocentrismo e o individualismo, comuns na modernidade, fazem com que as pessoas não se preocupem com o próximo. Dessa forma, é coerente que há manifestação de doenças mentais na contemporaneidade e, com isso, merecem devida importância. Nesse contexto, deve-se analisar como a estrutura familiar e a escola causam tal problemática. A estrutura familiar é a principal responsável pelas doenças mentais na sociedade. Isso acontece porque segundo Zygmunt Bauman, os indivíduos com o ritmo frenético não apresentam tempo para conversar com os seus familiares, acelerando o desenvolvimento das doenças mentais que, na maioria das vezes, os membros da família não levam a sério. Atrelado a isso, segundo a Organização Mundial de Saúde em 2017, o Brasil tem a maior taxa de pessoas com ansiedade e o quinto em casos de depressão, refletindo a importância da atenção aos transtornos. Por consequência disso, é evidente que a falta de relações interpessoais dificultam a ajuda para quem tem doenças psicológicas, desenvolvendo quadros clínicos graves e difíceis de resolver. Somado a indiligência familiar, pode-se pontuar, também, a escola como causadora da problemática. Isso ocorre devido a falta de atenção aos comportamentos dos alunos e a grade escolar que ensina conteúdos exigentes e de alta demanda ao invés de trabalhar o comportamento dos alunos e incentivar a comunicação. Somado a isso, manifesta-se a pressão e a ansiedade sobre os estudantes que são cobrados diariamente por professores e familiares a ter bom rendimento no âmbito escolar. Prova disso é que segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior(Andifes), metade dos universitários vivenciou alguma crise emocional, atingindo cerca de 15% dos estudantes em 2012. Consequentemente, as doenças podem levar ao baixo desempenho escolar que levam a evasão e até dependência química. Fica claro, portanto, que as doenças mentais se manifestam no cotidiano dos indivíduos e devem ser revertidas. Dessa forma, faz-se necessário que o Ministério da Saúde invista em profissionais qualificados que possam atender a demanda de pacientes nos hospitais e nas residências, estando disponíveis a ajudar e atender os casos com objetivo de diminuir as taxas de casos psíquicos no meio social. Ademais, as escolas devem criar projetos sociais com a participação dos alunos e familiares, abordando a importância de cuidar da saúde mental e suas consequências em prol das vítimas de crises emocionais com o papel de desenvolver uma comunicação entre a escola e a sociedade, evitando transtornos de ansiedade e a depressão. Assim, o problema será minimizado entre a população.