Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A importância de se discutir doenças mentais na contemporaneidade

Redação enviada em 19/02/2019

O quadro “O Grito”, de Edvard Munch, precursor do expressionismo no século XIX, evidenciava as angústias existências que afligia o ser humano. Desde então, a arte tem sido uma importante ferramenta para discutir e evidenciar as doenças mentais, uma vez que essas ainda são um estigma social. Nessa perspectiva, abortar sobre essa temática é importante para ajudar os que sofrem desses transtornos e prevenir desfechos trágicos, como em casos de suicídio. Primeiramente é preciso combater preconceitos que são evidenciados na “Teoria dos Ídolos”, de Francis Bacon, em que existe a percepção de comportamento padrão e comportamento desviante. No caso das doenças mentais, essa falta de empatia agrava ainda mais o problema, pois há um senso comum de que as patologias mentais não são delicadas do mesmo modo que qualquer outra enfermidade, muitos acreditam que são frescura ou “falta do que fazer”. Por conseguinte, indivíduos que sofrem com depressão, solidão, ansiedade e distúrbio de pânico terão resistência em procurar por ajuda profissional, tal atitude pode pior o quadro da doença, culminando em suicídio. Cenário preocupante, visto que, a Organização Mundial de Saúde (OMS), associa mais de 90% dos casos de suicídio à distúrbios mentais. Por outro lado, a modernidade líquida, conceituada por Zygmunt Bauman, também reflete no comportamento e nas relações sociais, existe atualmente uma fragilidade social em que o individualismo se sobrepõe, isso pode explicar a dificuldade de identificar os transtornos mentais em pessoas próximas e para o indivíduo afetado, uma fraqueza de pedir ajuda e não consegui se resolver sozinho. Desse modo, sabendo-se que esses transtornos podem se tornar a maior causa de incapacitação no mundo em 2030, segundo a OMS, medidas são imprescindíveis para alterar o cenário vigente e impedir que isso aconteça. Para tanto, é preciso que o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, discuta o tema com a população, por meio de campanhas e palestras nas instituições escolares e de saúde, e desenvolvam propagandas na televisão e nas redes sociais, por meio de digitais influencers, com o propósito de obter maior alcance popular, desmistificando os "ídolos" que norteiam esse assunto e fomentando a mudança comportamental dos cidadãos. Ademais, é primordial que as Secretarias de Saúde ampliem os Centros de Atenção Psicossocial permitindo, aos que procurem, um tratamento completo com uma equipe multiprofissional democratizando o acesso.