Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A importância de se discutir doenças mentais na contemporaneidade

Redação enviada em 17/02/2019

O mundo globalizado contemporâneo tem exigido muito da sociedade. A competitividade em alta, a tecnologia que expõe a vida do indivíduo nas redes sociais, o contato interpessoal que tem dado vez às relações superficiais e o desejo de mostrar que é capaz e inabalável vem afetando a mente do homem atual. Debater, sem estigmatizar, a saúde mental da população é uma necessidade na busca de se conseguir uma melhor qualidade de vida e cidadãos aptos a enfrentar a constante luta pela sobrevivência. Darwin já dizia que apenas os mais fortes sobrevivem, e ser forte é buscar ter saúde fisiológica e psíquica. Muito se refere de forma negativa, como se fossem fracos, os indivíduos que chegaram a níveis de esgotamento mental e que necessitaram procurar ajuda profissional. Porém, em exceção a casos de trauma, ninguém chega ao limite de não suportar as pressões psicológicas da noite para o dia. Pesquisas mostram que a saúde mental é construída ao longo da vida do indivíduo. Algo que o afetou na infância, que não foi identificado, pode refletir na vida adulta. São vários os sinônimos para designar um ser com a saúde mental fragilizada, mas pouco se procura entender o porquê de tal situação. O estresse causado pela vida diária, as disputas familiares e no trabalho, a necessidade de afeto e as desilusões com outras pessoas, são as principais causas de agravo à saúde mental. Muitas crianças não tem desde cedo o contato necessário à sua formação intelectual com os pais, que por sua vez sentem-se culpados por não ter o tempo disponível para acompanhar de perto o crescimento dos filhos. No mercado de trabalho a concorrência é intensa, o risco do desemprego é eminente, afinal com um país em constantes crises a qualquer momento a estabilidade financeira pode ser quebrada. Acreditar que outra pessoa pode suprir a necessidade de carência afetiva, também pode ser uma armadilha ao psicológico, uma vez que não é possível esperar que o outro supra todas as expectativas, todo ser é único e tem autonomia. Somado a isso tudo, tem a necessidade de parecer ser perfeito, expor nas redes sociais momentos felizes e fotos editadas, ou nos melhores ângulos, como se a vida se resumisse a uma página de aplicativo. Identificar as causas talvez nem seja tão difícil, mas a fuga do debate é uma constância. Ao se fugir do enfrentamento, a sociedade continuará doente, com quadros que refletem em todas as esferas sociais, além de aumentar os gráficos estatísticos de suicídio. Portanto, se faz necessário que a sociedade reconheça a necessidade de se debater, sem estereótipos, a saúde mental da população. Deve ser um tema com ampla divulgação na mídias e projeto de lei que exija nas escolas a presença de um psicopedagogo para atender pais e alunos, psicologo nas empresas públicas e privadas, com a exigência de consultas periódicas. Dessa forma, ao diagnosticar e tratar a saúde mental dos indivíduos, haverá uma melhor qualidade de vida da sociedade.