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Redação sem título.

Proposta: A importância de se discutir doenças mentais na contemporaneidade

Redação enviada em 13/02/2019

No episódio "All The Lonely People" da série norte americana Chicago Med, um personagem que sofria de depressão, advinda do excesso de solidão em que se encontrava, tenta matar várias mulheres do hospital simplesmente por elas não quererem relacionar-se amorosamente com ele. De modo semelhante, na contemporaneidade, muitas pessoas sofrem com variadas doenças mentais que foram negligenciadas por muitos anos e que ainda hoje são tidas como um tabu pela maioria da sociedade, o que faz com que ações semelhantes a da série venham à tona na vida real. Desse modo, é de extrema importância discutir essa questão no contexto atual para que se possa romper com os estigmas existentes na população, bem como reduzir os índices de suicídio. Primeiramente, em sua Teoria dos Ídolos, o filósofo Francis Bacon expõe a necessidade de se combater os "ídolos ", que são falsas noções e preconceitos que dificultam a realização de um determinado bem. Seguindo essa linha de pensamento, é notável que muitas pessoas acreditam que esses transtornos mentais são meras frescuras, desocupação ou até mesmo "falta de Deus" na vida dos acometidos, revelando que a falta de conhecimento sobre essa temática promove o preconceito. Por conseguinte, aqueles que sofrem de ansiedade, depressão e outros quadros clínicos semelhantes, por causa dessa incompreensão alheia, evitam pedir ajuda, retraem-se e muitas vezes tiram a própria vida. Destarte, é fundamental que haja uma constante exposição dessa temática, seja nos ambientes acadêmicos ou nas mídias sociais e televisas, para que os cidadãos alterem seus modos de pensar e reconheçam essas doenças como um sério problema social, uma vez que as suas ações podem impactar diretamente na vida de quem sofre com esses transtornos. Outrossim, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 90% dos casos de suicídio estão relacionados aos transtornos mentais. Nesse sentido, os casos de suicídio envolvendo alguns estudantes do curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostram que a falta de atenção dos cidadãos, principalmente dos familiares dos jovens estudantes, que muitas vezes nem conseguem reconhecer uma pessoa depressiva, permite que essa prática permeie a sociedade e não tenha limites. Assim, de acordo com o sociólogo Durkheim, a sociedade é um dos agentes que podem impedir que um indivíduo suscetível se mate, uma vez que todas as formas dessa prática são causadas por ela. Por isso, é importante levar esse assunto não só para dentro das salas de aula, mas também para os lares, para que todos conheçam essas doenças, seus impactos devastadores, se não tratadas, e as diferentes maneiras de como elas são expressadas, e, a partir disso, saibam agir da melhor forma ao se depararem com elas. Sendo assim, sabendo-se que esses transtornos podem se tornar a maior causa de incapacitação no mundo em 2030, segundo a própria OMS, medidas são imprescindíveis para alterar o cenário vigente e impedir que isso aconteça. Para tanto, é preciso que o Ministério da Saúde exponha o tema em análise para toda a população brasileira, por meio da criação de propagandas de cunho informativo e esclarecedor, que podem ser divulgadas na mídia televisa e nas redes sociais federais, com o fito de desmistificar os "ídolos" que norteiam esse assunto e fomentar a mudança comportamental dos seus cidadãos frente a esse revés, impedindo, gradativamente, que mais casos de suicídio surjam na sociedade.