Título da redação:

Pontes mentais

Proposta: A importância de se discutir doenças mentais na contemporaneidade

Redação enviada em 12/02/2019

O atual presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, eleito em 2016, tem como um de seus maiores projetos de governo a construção de um muro em toda a fronteira de seu país com o México, a fim de impedir a entrada de imigrantes. Todavia, no cenário hodierno brasileiro, nota-se que há um muro muito bem estruturado, infelizmente, quando analisa-se a questão das doenças mentais, uma vez que essas são marginalizadas e pouco debatidas quanto em relação a outras enfermidades. Entretanto, tal postura é inadmissível, haja vista os crescentes índices de doenças mentais, cada vez mais presentes em sociedades contemporâneas. Cabe pontuar, em primeiro plano, que a discussão sobre doenças mentais são de extrema importância para a saúde dos que vivem na pós modernidade. Sabe-se que, desde a Primeira Revolução Industrial, no ano de 1789, o homem viu-se perdido em meio a tantas mudanças envolvendo seu modo de viver e relacionar-se, ademais, essas mudanças se intensificaram com a adesão da internet, gerando, assim, mais estranheza ao cidadão contemporâneo. Logo, vivendo nesse contexto efêmero e incerto, doenças como a ansiedade e depressão fazem-se preponderantes no cotidiano atual, porém, em decorrência de uma cultura onde visa-se a valorização do externo, muitos se atentam para o corpo físico, e assuntos ligados à saúde mental são periferizados. Faz-se mister, ainda, salientar a depressão como uma das doenças mais presentes na população atual, não obstante, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, estimasse que 36% dos casos de suicídios possuem como raízes a depressão. Dessarte, alguns filósofos consideravam o suicídio como o maior problema filosófico existente, o escritor Albert Camus afirmava que só existia um problema filosófico realmente sério: o suicídio, pois esse contraria a vontade de auto-conservação e sobrevivência que é inato a todo ser humano. Dessa maneira, é evidente a importância do debate sobre doenças mentais a fim de conscientizar a população sobre seus perigos e tratamentos, já que essas podem, em alguns casos, ser fatais. Fica evidente, portanto, que a negligenciação do debate acerca das doenças mentais na contemporaneidade é um erro danoso a todos os cidadãos. Compete ao Ministério da Educação em parceria com as mídias, criar campanhas de conscientização sobre a valorização dos debates sobre doenças mentais, instruindo a população a conversarem e discutirem com parentes e amigos sobre as implicações de tais transtornos, bem como estimular a procura de profissionais especialistas, como psicólogos e psiquiatras, por parte daqueles que se identificam com o impasse , com o escopo de tratar indivíduos que possam estar nessas condições. Destarte, tomando tais medidas, poderá dizer-se que no Brasil, ao invés de muros, constroem-se pontes.