A democracia no Brasil ainda é um sistema político recente e frágil, ao longo de toda a história do Brasil os golpes políticos são frequentes com manutenção de governos autoritários, por exemplo, a ditadura militar que durou 21 anos com repressão e impedimento do exercício de cidadania. Nesse cenário, participar da política é um meio de lutar pelos direitos civis, políticos e sociais que são a efetivação da cidadania. Desse modo, é essencial ensinar aos jovens e adultos a importância da política na vida em sociedade, para que haja uma maior participação nacional. De acordo com Aristóteles, “o homem é, por natureza, um animal político”, sendo assim, o filósofo define que as cidades são naturais, pois as pessoas são originariamente sociais. Dessa maneira, viver em sociedade faz parte da essência humana, mas é preciso ressaltar que viver na coletividade exige a implementação de regras, caso contrário, seria um “Estado de Natureza”, definido por Hobbes, em que se viveria um constante estado de guerra contra todos. Uma vez estabelecida a comunidade, no caso do Brasil, a democracia, a cidadania é uma importante ferramenta para lutar pelos direitos dos mais diversos grupos, sejam eles LGBTQ+, mulheres, indígenas, negros e classes sociais com menos recursos, enfim, todos possuem direitos garantidos pela Constituição de 1988. Outrossim, muitos acreditam que ser ativo na participação política é envolver-se com partidos políticos. Contudo, essa é uma visão simplista, pois fazer parte de uma sociedade implica está sob determinadas regras e leis, a fim de garantir seu poder de voz a cidadania é uma peça fundamental. Porque apesar de em teoria a Carta Magna garantir direitos iguais a todos, é sabido que a realidade é bem diferente. O país ainda precisa avançar muito, dado que ainda existe miséria, falta de serviços essenciais, como saneamento básico, educação, segurança, moradia e saúde para isso mudar é fundamental que os cidadãos se tornem sujeitos da vida social, exigindo dos políticos em quem votaram o aprimoramento de tais serviços. Por conseguinte, para que o engajamento político seja visto como uma realização de cidadania, é preciso que as pessoas saibam a importância de seus papéis centrais no aperfeiçoamento da democracia. Em razão disso, é necessário que o Ministério da Educação implemente a educação política como uma disciplina obrigatória dentro da grade curricular do ensino fundamental e médio, ministrando a matéria por uma abordagem pedagógica à luz da filosofia e da sociologia. Desenvolvendo, assim cidadãos mais conscientes. Por outro lado, cabe ao Tribunal Superior Eleitoral, em parceria com ONGs, a formulação de campanhas na internet para incentivar o acompanhamento dos políticos em que as pessoas votaram e fóruns para discutir sobre medidas mais práticas na luta pelos direitos sociais. Somente com cidadãos mais participativos é que a democracia brasileira pode avançar nos direitos sociais.