O direito à cidadania foi algo conquistado sob muitos empecilhos que estão escancarados na história do Brasil. Diante de tal conquista, abdicar-se deste direito por quaisquer que sejam as circunstâncias é ignorar o passado e jogar o futuro ao vento. A participação política é um exercício de cidadania, logo, a intensa participação acarreta benefícios amplos como o comprometimento com o regime democrático de direito, a seleção de bons e honestos representantes, dentre outro. A propagação de populismo e desinformação levou a população à cometer escolhas errôneas e toscas para o mais alto cargo da nação. Desde então, taxar a política e os políticos como algo ruim e de mau-caratismo tornou-se comum, portanto, gerou um repúdio dos cidadãos que cominou no desinteresse político pela população. Graças ao avanço tecnológico o acesso a informação de diversas fontes tornou-se presente na vida dos brasileiros, com isso, houve um maior interesse e participação popular nas decisões políticas. Tal interesse deve-se também ao maior debate político nas salas de aula, que despertou uma vontade nos jovens estudantes a buscar um senso crítico baseado em seus valores e convicções para uso em prol da comunidade como um todo, podendo, escolher um bom representante, cumprir o seu papel de cidadão e manter cada vez mais distante o autoritarismo de décadas passadas. Contudo, denota-se a importância da inclusão dos cidadãos no debate público, não somente para fazer boas escolhas, mas também para evitarem repetir os erros do passado, assim como George Santayana refletiu : “Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-los”, desse modo reafirma-se a necessidade da inclusão de toda a população para o debate público, para que novos erros não se repitam.