A crise na Venezuela em 2018 adentrando o ano de 2019, "abusou" inúmeras normas de direitos humanos, inclusive, até a liberdade de expressão. No entanto, quando se observa o Brasil ao longo da história, o engajamento para lutar por direitos civis e sociais através da ferramenta política é extremamente diminuta, consequência direta da não abordagem temática na escola e o voto de cabresto arraigado na sociedade contemporânea. Assim, é fundamental a análise dessa problemática presente no dia a dia. De acordo com Aristóteles, a maior felicidade alcançada na humanidade é através da educação. Nessa lógica, ao excluir da sala de aula o debate relacionado ao pacto social, confronta o pensamento de Aristóteles, visto que o indivíduo tem a necessidade de saber qual o seu papel na conjuntura brasileira para efetivar sua cidadania. Por consequência, a escola apresenta uma participação escassa no fortalecimento democrático na entidade do cidadão, tornando-se uma sociedade que não reconhece seus direitos e deveres. Outrossim, é importante ressaltar que, conforme Hannah Arendt, "a essência dos direitos humano, é o direito a ter direitos". De maneira análoga, a prática de votos comprados da classe média baixa, gera o voto de cabresto que vai de encontro à citação de Arendt, dado que se todos os cidadãos vendessem o seu voto, o representante escolhido pelo povo só delegaria em prol de si mesmo, excluindo políticas afirmativas de camadas abastadas. Com base nisso, o voto comprado é prejudicial para toda esfera social, colocando em risco privilégios de uma sociedade e, por conseguinte, torna-se contestável quando é executado cortando respaldo democrático. Em virtudes dos fatos mencionados, medidas são necessárias para resolver esse problema. Destarte, o MEC (Ministério da Educação) deve propor um plano educacional que englobe na grade curricular escolar, tanto do ensino fundamental, quanto do ensino médio, a inserção de discussão de direitos sociais, civis e de liberdade, dentro da sala de aula, aumentando a chance das pessoas conhecer e lutar por uma igualdade democrática. O Governo juntamente com as grandes mídias digitais e televisivas terão que trabalhar exaustivamente para elaborar grandes propagandas, demonstrando que a compra de votos é enganosa e não trará nenhum benefício para as pessoas pobres, mas atraíra consequências negativas para toda conjuntura social. Enfim, o Brasil poderá afastar essa ideia de totalitarismo vivenciado na Venezuela.