A história mundial é marcada por vários tipos de preconceitos, os quais durante muito tempo foram capazes de limitar os direitos civis a pequenos grupos dominantes. Infelizmente, o desconhecimento da maioria ajuda uma minoria a perpetuar sua necessidade de depreciar diferentes grupos sociais ao longo das gerações. No Brasil, tal necessidade de limitar os direitos dos povos pôde ser percebida já nos séculos 18 e 19 quando vigorava a lei anti-miscigenação , a qual proibia o casamento entre brancos e negros. Para a sociedade daquele período era anormal uma união entre "seres tão diferentes". Essa visão é inconcebível para os brasileiros atualmente, porém, a noção de anormalidade ainda está presente nessa sociedade quando se debate o recém concebido direito ao casamento para os homossexuais. Tal noção torpe tem gerado casos de intolerância e violência. Recentemente foi divulgado pela imprensa um incêndio no Centro de Tradições Gaúchas (CTG), o qual realizaria uma grande cerimônia de casamento, incluindo uma união homossexual. Segundo a denúncia do patrão do CTG, Gilbert Gisler, conhecido como Xepa, um grupo se organizou para "acabar com a cerimônia, nem que para isso tivessem que dar um pau nesse tal de Xepa, dar um jeito na juíza e botar fogo no CTG". Portanto, para eliminar tal intolerância, a escola enquanto principal divulgadora de conhecimento deve instigar nas crianças e jovens o respeito aos distintos grupos constituintes da sociedade. A história e a biologia são meios fundamentais para valorizar os direitos humanos e diminuir preconceitos. Pois, a primeira mostrará como foram prejudiciais para as sociedades exemplos como o genocídio de judeus, a segregação racial e a castração química dos homossexuais; enquanto a segunda, através da fisiologia humana, explicará que a homossexualidade não é uma doença, como alguns insistem em afirmar, e sim um direito individual de escolha.