No último ano, a homofobia, que ainda não é considerada crime no país, provocou pelo menos 216 assassinatos no Brasil. Esse dado nos mostra que, apesar de lutarem por seus direitos, os homossexuais continuam sendo vítimas da violência, seja ela física ou simbólica. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal legalizou a união estável homoafetiva; já em 2013, o Conselho Nacional de Justiça aprovou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Ainda assim, muitos casais continuam enfrentando preconceito, oriundo de uma parcela da população que julga tal relação errada e imoral. Na maioria das vezes, esse julgamento se baseia em dogmas religiosos, que tratam a homossexualidade como algo pecaminoso, logo, proibido, fazendo com que muitos de seus seguidores discriminem e desrespeitem os homossexuais. Além disso, a Constituição Federal, vigente no país desde 1988, nos garante o Princípio da Isonomia, ou seja: todos somos iguais perante a lei. Com base nisso, direitos anteriormente negados à sociedade homoafetiva aos poucos estão sendo conquistados, como o já citado casamento civil, a mudança de nome - no caso dos transexuais - e a adoção conjunta de crianças. No entanto, mesmo com o progresso nas leis, ainda há um longo caminho para que a comunidade homossexual seja plenamente respeitada. Sendo assim, é necessário que a sociedade desconstrua preceitos já ultrapassados e renove sua percepção diante dos novos tipos de relações do século XXI. Para isso, o governo deve continuar dando suporte à comunidade LGBT, seja através da criação de leis que garantam seus direitos ou de campanhas que incentivem a denúncia de violências de cunho homofóbico, além de se mobilizar para que a homofobia seja criminalizada. Já a mídia, juntamente com as ONGs, deve divulgar a importância da igualdade entre todos, além de conscientizar a população por meio de programas de TV, blogs, entre outros. Por fim, é imprescindível que família e escola trabalhem juntas em uma nova forma de educar as nossas crianças, na qual o amor e o respeito ao próximo sejam as bases fundamentais.