Título da redação:

(Des)iguais perante a lei

Proposta: A homossexualidade nos dias atuais: direitos civis versus preconceitos da sociedade

Redação enviada em 22/06/2015

Um tema muito em pauta atualmente, a homossexualidade, ou homoafetividade, como cada vez mais é denominada, promove discussões bastante polêmicas e carregadas de opiniões diversas. É improvável que se aborde o tema e não escute pensamentos cheios de preconceito e ódio. A aversão ao relacionamento afetivo entre pessoas de mesmo sexo é tão forte que interfere nos direitos civis deste grupo, isto porque toda legislação é criada de acordo com a sociedade para a qual se destina. É bem verdade que, em termos biológicos, o relacionamento homoafetivo seria anormal uma vez que impossibilita o uso do nosso sistema reprodutor da forma como o próprio organismo determina. Ao mesmo tempo, isso não significa que seja uma patologia. A própria Organização Mundial de Saúde já não mais classifica a homoafetividade como doença. Mesmo diante de tais fato e de estudos feitos, alguns grupos ainda afirmam que essas pessoas são doentes que necessitam de tratamento e não de apoio, outros até mesmo afirmam ser uma escolha. A maior parcela dessas pessoas justifica tal pensamento através da Bíblia ou da interpretação que certas escolas religiosas têm dela. Afirmam que Deus criou o homem para a mulher e vice versa. É importante lembrar que nós vivemos em um estado laico, no qual o país, com suas decisões políticas, não se mistura com religião. Isso não se apresenta tanto na prática quando observamos uma legislação que ainda não trata dos direitos dos homossexuais, ignorando, inclusive, a máxima da Constituição Federal que é a igualdade perante a lei. Enquanto emendas tramitam no Congresso, acontecem casos como o incêndio provocado no Centro de Tradições Gaúchas, onde seria realizada a união de casais homoafetivos. Muitas vezes, é necessário que leis sejam impostas à sociedade. Por que não permitir o casamento e o direito a adoção a esses casais como é feito com a "família tradicional"? Para comprovar a possibilidade e eficiência de tais leis, basta que olhemos para o mundo. Países como Holanda e Islândia já legalizaram tais pontos. Na verdade, nem é preciso ir tão longe. A Argentina, bem ao lado, deu os passos iniciais para a mudança na América do Sul, seguida do Uruguai. No mundo, tudo é questão de adaptação. É preciso que o respeito e a igualdade sejam postos em evidência, então, em algum momento, a sociedade se adaptará.