A homossexualidade existe há milhares de anos. inúmeros relatos mostram que esse tipo de relacionamento era comum em sociedades antigas, como Roma e Grécia. O tema já esteve presente nas poesias da poetisa Lesbos e até mesmo de forma subentendida na obra de Euclides da Cunha, Grande Sertão: Veredas. Atualmente, o homossexualismo ganhou grande repercussão em todo o mundo. De uma lado, um grupo que defende a questão; de outro, um grupo que luta arduamente e até mesmo de forma violenta contra os homossexuais. Em meio a essa realidade observamos alguns avanços, embora o preconceito continua sendo o principal fator responsável pela desigualdade sexual nos dias atuais e pela não consolidação dos direitos civis dos homossexuais. Há algumas décadas, o homossexualismo era tratado como doença pela Sociedade de Psicologia. Foi preciso a intervenção de pesquisadores importantes para que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirasse o tema da lista de doenças tratáveis. Com essa conquista, os homossexuais tiveram a oportunidade de se organizarem e lutarem por maior reconhecimento e igualdade perante a sociedade. Dessa forma, conseguiram, em alguns países, o reconhecimento da união estável, que antes só era garantida aos casais heterossexuais. Países como o Brasil, Canadá e mais recentemente a maior potência mundial reconhecem a união entre pessoas do mesmo sexo garantindo, assim, direitos civis igualitários para todos. Apesar de avanços significativos em algumas áreas, a homossexualidade ainda é alvo de grande preconceito. De acordo com Nelson Mandela, o preconceito é a maior barreira presente na sociedade, pois através dele inúmeros grupos são excluídos da vida social. Essa afirmação vai ao encontro dos últimos acontecimentos observados em nossa sociedade. Uma simples campanha publicitária sugerindo de forma sutil relações amorosas entre pessoas do mesmo sexo mostrou o quanto o preconceito ainda está presente no dia a dia. Em alguns países, como a Arábia Saudita, esse preconceito vai além de uma discussão em redes sociais. Nesses países, a homossexualidade pode resultar em pena de morte. Todo esse preconceito advém do conceito tradicional de família, no qual um núcleo familiar é formado por um homem e uma mulher. Essa classificação, com grande influência religiosa, coloca à margem da sociedade um número expressivo de casais homossexuais. Se por um lado o preconceito gera violência e exclusão, por outro impede o gozo pleno dos direitos civis garantidos a todos os cidadãos através da Constituição. Ainda que o casamento homossexual tenha sido reconhecido em grande parte do planeta, os homossexuais ainda são excluídos de direitos básicos como o respeito e a tolerância. Direitos considerados a base de uma sociedade justa e igualitária. Observa-se, portanto, que embora o homossexualismo exista desde os primórdios da humanidade, esse assunto ainda caminha de forma lenta em nossa sociedade, com algumas conquistas e um grande preconceito que impede a igualdade de direitos perante a lei. É preciso discutir o homossexualismo em todas as esferas sociais, através de palestras que propaguem a igualdade sexual. Uma outra forma de mudar essa realidade é através de incentivo governamental às Organizações Não-Governamentais (ONGs), para que a causa não fique restrita a pequenas ações. Além disso, o assunto deve ser introduzido de forma gradual nas escolas, para que as futuras gerações cresçam despidas do preconceito observado atualmente contra os homossexuais, pois como afirmava Shakespeare, a melhor forma de mudar o futuro é debatendo o presente.