A ciência avança, a tecnologia também. A Nasa avança, a medicina também. Sendo assim, quando o homem também irá avançar e aprender a aceitar o diferente? Essa é uma questão que embasa muitas discussões nos dias atuais da sociedade brasileira. Os novos casais, formados por pessoas do mesmo sexo, passam por grandes desafios em busca de uma igualdade em todos os âmbitos, inclusive no judiciário. Outro dilema é o da homofobia que existe, e que muitas vezes retira dos homossexuais bens preciosos como a própria vida. É preciso que a comunidade reveja seus princípios acerca de pessoas que apresentam orientações sexuais diferentes de suas. Em meio a valores arcaicos, conservadores e patriarcais os casais homoafetivos buscam, na atualidade, uma maior aceitação social. Frente a isso, as mídias têm contribuído grandemente, como pode ser evidenciado, por exemplo, nas duas últimas novelas de horário nobre da emissora rede Globo, que trouxeram em suas tramas casais do mesmo sexo, interpretados por atores de grande nome como Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. Entretanto, essa realidade está, ainda, longe de ser aceita socialmente, visto que os indivíduos em questão sofrem - infelizmente - com o preconceito, chegando a serem agredidos verbalmente e fisicamente. Recentemente, na grande São Paulo, um adolescente - filho de um casal homoafetivo - foi agredido na porta do colégio em que estudava, por um grupo de colegas, devido a orientação sexual de seus pais. Dessa forma, observa-se em pleno século XXI, norteado por tantas tecnologias e outros avanços, que a sociedade, valendo-se de princípios ultrapassados, é preconceituosa. Além disso, outro grande desafio imposto a esses indivíduos é o do reconhecimento, perante a justiça, desses como entidade familiar. O Estatuto da Família, que está em discussão na Câmara dos Deputados Federais, reconhece como tal, apenas aqueles núcleos formados a partir do casamento ou da união estável entre um homem e uma mulher, ou ainda, de qualquer um dos pais com seus descendentes, excluindo-se totalmente as novas famílias formadas por casais do mesmo sexo. Ademais, outro problema enfrentado é o da adoção de crianças por casais homossexuais. O processo é lento e burocrático quando comparado com uma adoção realizada por heterossexuais. Isso mostra que a Constituição deve se modernizar para atender todas as famílias, e não só aquelas constituídas por "papai, mamãe, titia" como cantada pelo grupo Titãs. Portanto, para uma maior igualdade entre todos os cidadãos brasileiros, independente da escolha sexual de cada um, faz-se necessário uma intervenção estatal, por meio da criação de um Estatuto que abranja e garanta os mesmos direitos a todas as famílias, sendo elas constituídas por heterossexuais ou homossexuais. Ademais o governo deve continuar assegurando leis que condenem a homofobia, punindo aqueles que a praticarem. As mídias, fica o dever de continuar ingressando na sociedade, através de novelas, comerciais e outros, valores de aceitação social perante a diferença sexual de cada um. Cabendo ainda, ao cidadão, a conscientização de que todos são iguais e devem ser respeitados, sem qualquer discriminação. Assim, tem-se uma maior igualdade entre os brasileiros.