Um óvulo feminino une-se a um espermatozoide, formando um zigoto diploide que se tornará dentro de alguns meses um ser humano completo. Essa é, até agora, a única forma possível de reprodução humana. Baseado nisso, a maioria dos religiosos repudiam relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, justamente porque são infrutíferas do ponto de vista reprodutivo, tendo sob influência apenas o prazer sexual. No entanto, os religiosos perdem de vista um fato simples: nem todas relação heterossexuais tem como objetivo a reprodução humana. Podemos afirmar que a grande minoria dos coitos geram descendentes. Sendo assim, o preconceito acaba ficando vazio e sem fundamento. Além disso, nada justifica o desrespeito proporcionado pela homofobia. Estatísticas apontam um grande número de agressões e assassinatos motivados por motivos homofóbicos. Uma pessoa que age contra a integridade de outra não tem o direito de se fazer de vítima, alegando que agiu assim por causa da opção sexual do outro indivíduo. Para que o preconceito seja atenuado, é preciso que seja aprovado um projeto de lei que criminalize a homofobia. Também deve haver uma maior fiscalização nas redes sociais de homofóbicos que incitam o ódio e se escondem atrás do anonimato proporcionado pela rede. No séc XXI é inadmissível que haja intolerância sexual. Se duas pessoas querem se relacionar entre si, esse desejo é legítimo e não prejudica mais ninguém, independente do sexo de cada um. Como dizia o mago britânico Aleister Crowley: "O amor é a lei. Amor sob vontade".