Título da redação:

Amai uns aos outros

Proposta: A homossexualidade nos dias atuais: direitos civis versus preconceitos da sociedade

Redação enviada em 20/06/2015

O livro intitulado como " a vida dos doze cézares", de Suetônio, descreve a vida de vários imperadores romanos, e fica claro, pelo próprio relato, o quão comum eram as relações homossexuais naquela época. Todavia, com o advento das religiões judaico-cristãs, essa prática começou a ser condenada e após 2000 anos de deturpações da palavra de Cristo, os homossexuais são hoje vistos pelos mais extremistas como uma praga a ser exterminada. De modo que frequentemente, nos deparamos com "figurões" da mídia como o deputado Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, que disseminam o ódio e a intolerância e infelizmente, recebem o apoio de grande parte da população. Entretanto, como dizia Hegel, a história se repete em grandes ciclos, ou seja, talvez no futuro, voltemos a ser mais tolerantes com os próximos. Durante a antiguidade clássica, mais especificamente na Roma antiga, principalmente por ainda não haver uma grande difusão do cristianismo, o homossexualismo era tido como comportamento comum e até mesmo privilégio aristocrático. Após o ano 300 d.C, pessoas suspeitas de atividades homoafetivas eram caçadas e na Idade Média chegavam a ser mortas. Apenas recentemente, com as teorias modernas de direito, que surgiram com o iluminismo, as pessoas passaram a ser teoricamente vistas como iguais. Lamentavelmente, mesmo com tal reconhecimento jurídico, não há um verdadeiro reconhecimento social, de maneira que é visível o preconceito da sociedade com aqueles que são diferentes. Preconceito esse que inclusive é indiretamente estimulado por vários políticos e religiosos que se dizem cristãos como por exemplo Marcos Feliciano, Bolsonaro, Silas Malafaia, dentre inúmeros outros. Logo, infere-se que nos dias atuais, os direitos civis mostram-se teoricamente iguais para todos, os preconceitos, porém, mostram-se cada vez maiores. Para reverter esse quadro é importante que os professores - que participam ativamente na formação dos jovens - sejam ensinados em aulas específicas na faculdade a promover a integração e aceitação de homossexuais na sociedade. Assim, talvez tenhamos uma nova geração menos intolerante e apática com o próximo.