Desde o século XVI, a intolerância se faz presente no Brasil, quando por não aceitarem a crença religiosa dos índios, os portugueses impuseram a sua própria. Nos dias atuais, um grupo que também vem sofrendo com esse mal, devido a sua orientação sexual, é os de homossexuais. Apesar de esses terem conquistados alguns direitos civis nos últimos tempos, eles ainda não recebem tratamento igualitário por grande parte dos indivíduos da sociedade. Atitudes preconceituosas, que atingem a integridade física e psicológica, têm sido recorrentes e isso evidencia que medidas devem ser tomadas para mudar esse quadro. É importante ressaltar que a discriminação é fruto de uma conjuntura; ninguém nasce intolerante, torna-se. A raiz desse problema encontra-se, principalmente, nas ideologias de grupos conservadores que defendem que o homossexualismo seria uma “ameaça” aos valores tradicionais e às instituições sociais. Além disso, há uma campanha sistemática por parte de algumas igrejas e de políticos de disseminar uma mensagem de rejeição ao “diferente” em massa, incitando condutas antipáticas em relação à homoafetividade. Prova disso é a de que, segundo a Secretaria de Direitos Humanos, foram feitas 356 denúncias de casos de violência contra os homossexuais no Brasil, de janeiro a abril de 2015, e mais de 300 assassinatos foram registrados no ano anterior. É válido destacar também que, recentemente, decisões históricas de certos países a respeito dessas minorias sociais vêm ganhando grande repercussão no mundo. Em junho deste ano, a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou a união civil entre as pessoas do mesmo sexo, considerando-a um direito garantido pela Constituição. Essa conquista é de extrema importância pelo fato desse país ser a maior potência mundial e possuir grande capacidade de influenciar comportamentos e culturas em todo o globo. Dessa forma, isso poderia resultar em uma maior tendência à aceitação em outros territórios. Portanto, embora haja mudanças significativas no tratamento dado aos homossexuais, são necessárias medidas que busquem uma maior equidade sejam tomadas. Sendo assim, cabe ao Governo promover políticas públicas mais claras como, por exemplo, a de adoção, e penas efetivas, por meio de indenizações justas, às agressões cometidas contra os homossexuais. Às escolas em conjunto com as famílias discutirem sobre a questão de gênero, por meio de projetos socioeducacionais, com objetivo de difundir valores, sobretudo, o respeito. Afinal, como disse Aristóteles: “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade”. Resta saber, então, se todos farão a sua parte para que, assim, a luta pelo reconhecimento da igualdade como direito à diferença seja, enfim, vencida.