Uma pesquisa realizado pelo cientista Bruno Bagemihl, em 1999, mostra que o comportamento sexual é extremamente natural e que já foi observado em mais de 1500 espécies de animais, variando entre primatas e platelmintos. Com o ser humano não é diferente, existindo registros de bissexualismo desde à Grécia Antiga. Não obstante, no decorrer da história práticas austeras que limitam a liberdade de escolha foram surgindo, como a Igreja Católica e o modelo patriarcal de família, configurando assim um verdadeiro cenário de intolerância que requer mudanças urgentes. O primeiro fator responsável pelo fomento do preconceito sexual foi a Igreja Católica. Esta, seguindo os preceitos religiosos instruía seus fiéis à terem relações apenas heterossexuais, além de relacionar a união homoafetiva com algo maléfico e digno de punição. Dessa forma, durante a Idade Média a perseguição aos homossexuais foi intensa, o que contribuiu —devido ao poder da Igreja— para a formação de um modelo de união familiar "ideal". Esse padrão persiste até a atualidade e pode ser analisado por meio do campo teórico do sociólogo Gilberto Freyre. Tal teórico define a família moderna como fundamentalmente patriarcal, ou seja, composta pelo homem, uma mulher e sua prole, no qual, qualquer divergência na organização causa à aversão da sociedade. Nesse ínterim, os direitos civis foram sendo construídos com base em todos os resquícios de intolerância e, no Brasil, esse fato ainda persiste devido a maioria conservadora do plenário. Assim, enquanto o STF(Supremo Tribunal Federal) reconhece a união estável entre os casais do mesmo sexo, o Legislativo cria uma comissão para acelerar os trâmites da aprovação do Estatuto da Família. Tal estatuto dificultará alguns direitos dos homossexuais, como por exemplo, a adoção de filhos. Percebe-se, portanto, que nos dias atuais o preconceito aos homossexuais é algo presente e os direitos civis escassos para tal união. Para mudar essa situação, é preciso que a sociedade e as Ong's pressionem o Estado a organizar referendos ou plebiscitos para a equidade civil entre os relacionamentos, já que, o legislativo é composto por conservadores. Ainda assim, é necessário que a escola trabalhe, nas disciplinas humanas, discussões à cerca da tolerância e do respeito ao próximo. Isso pode ser proposto por reuniões dos pais com a instituição. Dessa forma, a união homoafetiva será algo natural e dotada de direitos, parafraseando assim a famosa frase do iluminista Voltaire: "Discordo daquilo que fazes, mas defenderei até a morte o teu direito de fazeres". OBS: O texto parece grande, mas como minha letra é pequena coube em 30 linhas.