Segundo pesquisas feitas pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), em 2015, foram detectados 1010 pessoas em condições degradantes de trabalho. Tais dados comprovam a realidade, fruto da persistência da escravidão do século XIX até os dias atuais. De acordo com Karl Marx, o capitalismo assume uma concepção negativa sobre o trabalho pois a maior preocupação torna-se os lucros. Com isso, a superação dessa realidade é essencial para que o país proporcione condições mais igualitárias de trabalho. Nesse sentido, percebe-se que uma mudança no cenário de negligência em relação ao trabalho escravo contemporâneo é necessária e deve ser realizada com o suporte governamental e estrutural do país. Sabe-se que a maioria das pessoas que são afetadas pela escravidão contemporânea são analfabetas, o que mostra a consequência da falta de escolaridade de um indivíduo, que fica submetido a condições precárias de trabalho como falta de saneamento básico, alimentação pobre e pagamentos insignificantes. Somado a isso, todo o auxílio dado pelo patrão é cobrado, gerando dívidas que nunca serão quitadas devido a salários baixos, o que se torna um ciclo vicioso. Apesar desse trágico panorama social, houve uma mudança no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que alterou a lei, alegando que não é a condição degradante que caracteriza o trabalho escravo e uma pessoa estar presa, o que colabora para a persistência do problema. Um bom exemplo da consequência da alteração da legislação foi o número de auditores de trabalho, que caiu em 23,5%. Logo, para que a escravidão contemporânea não permaneça no cenário do Brasil, é necessário que todas as esferas sociais se mobilizem. O Governo Federal deve repensar sobre o conceito de escravidão com o revogamento e a alteração da lei que estabelece que escravo só é definido por prisão física. Por fim, o Ministério da Educação deve incentivar o ensino a todas as faixas etárias, com propagandas e divulgação das escolas para o público adulto.