A submissão de pessoas a trabalhos forçados é um problema existente no Brasil desde o período de colonização até a atualidade. Trabalhos exaustivos onde o pagamento era apenas a alimentação, condições de vida desumanas, amarras e chicotes, assim era a vida dos escravos africanos no Brasil. A diferença destes para os escravos contemporâneos é apenas o tipo de corrente. Trabalhadores sujeitos a dividas inacabáveis com os patrões são submetidos a condições análogas àquelas sofridas pelos negros nos primeiros séculos de Brasil. Este tipo de problema se dá principalmente nas zonas de expansão agrícolas, onde os "escravos da atualidade" recebem em troca do seu serviço apenas aquilo que mal dá para se alimentar. Em muitos casos são ameaçados caso tentem deixar as propriedades ou mesmo tem seus documentos apreendidos para evitar a fuga. Outro forma de escravidão contemporânea se da no comercio do sexo. Neste meio, mulheres são submetidas a programas em casas de prostituição, para iniciar a vida nesses locais elas devem se produzir da maneira julgada ideal para o serviço, para isso realizam compra de roupas e assessórios com os donos dos locais de trabalho, criando assim dividas abusivas que são incapazes de pagar com o passar dos tempos. Em virtude das dividas acumuladas, essas mulheres são impedidas de seguir outros caminhos em suas vidas. Sendo assim, um dos efeitos da escravidão no Brasil contemporâneo é a anulação do direito constitucional de ir e vir por parte desses cidadãos expostos a estas condições. Por tanto, é de responsabilidade do poder público, juntamente com o Ministério do Trabalho fiscalizar e coibir está pratica com penalizações mais abrasivas para aqueles que cometem-a. Além disso, é necessário uma readequação da definição do que é trabalho escravo na atualidade.