A escravidão consiste na transformação dos trabalhadores em objetos de trabalho, sendo utilizadas justificativas como religião, etnia e classe social. No Brasil, após 130 anos da assinatura da Lei Áurea, o trabalho escravo ainda representa um problema a ser combatido, especialmente nas comunidades mais carentes. A história da sociedade brasileira é marcada pela intensa escravização de negros e índios, motivados pela alegação da superioridade da “raça” branca em relação às demais, até o ano de 1888, quando foi assinada a Lei Áurea, que previa a extinção da escravidão no Brasil. No entanto, em pleno século XXI, o trabalho escravo ainda é utilizado, principalmente por grandes produtores rurais e empresas de diversos setores, como uma forma de diminuir os gastos com a mão de obra e obter um aumento no lucro. Diante disso, a escravidão contemporânea é motivada pela diferença entre classes sociais, em que a população carente, muitas vezes sem perspectiva de emprego, é submetida a trabalhos exaustivos, em condições insalubres, recebendo para isso salários baixos. Ademais, no ano de 2017, foi criada a Portaria 1129, na qual o conceito de escravidão é alterado, sendo considerado escravo apenas aquele trabalhador que for obrigado a executar determinada tarefa. No entanto, essa mudança dificulta o combate ao trabalho escravo no Brasil, haja vista que nem todos os trabalhadores submetidos a esse regime conseguem perceber a situação em que se encontram. Desse modo, para o combate á escravidão contemporânea, é necessária uma ação conjunta entre os Ministérios do Trabalho e da Educação e empresas privadas, a fim de oferecer cursos profissionalizantes e empregos à população mais carente, tendo em vista a erradicação da pobreza por meio da inserção de comunidades mais pobres no mercado de trabalho.