No século XVIII, com o advento da revolução industrial, houve a necessidade de se ter uma nova forma de trabalho, passando a ser assalariada, para ficar de acordo com a sociedade consumista que nascia, porém ainda escravizada, já que eram submetidos a desgastantes e extensivas horas de trabalho, por salários baixíssimos. No Brasil, a escravidão também não deixou de existir em 1888 com a Lei Áurea, modificou-se apenas a forma de escravização. Um exemplo disso são os baixos salários pagos a maioria dos trabalhadores brasileiros em oposição a pesados impostos pagos em produtos básicos para a sobrevivência, como alimentícios, o que gera enormes desigualdades sociais, com um consequente aumento da marginalização e violência, já que cada vez mais um número restrito de pessoas detém de bens de consumo básicos. Além disso, vale destacar que o aumentos dessa população marginalizada, favorece também o aumento de outras formas de escravização, principalmente de mulheres e crianças, já que é uma parcela da população esquecida pela maioria das autoridades, e que são utilizadas principalmente para a prostituição, gerando problemas sociais e de saúde pública. Dessa forma, é fácil perceber que não é preciso só a existência de uma lei que extinga a escravidão no Brasil, mas sim de políticas que reduzam essa parcela marginalizada da população, com a valorização do trabalhador, onde ele receba o que condiz com o seu trabalho.