No Século VI a.c, Sólon aboliu a escravidão por dívida em Atenas. Longe disso está a sociedade brasileira, pois o trabalho escravo ainda é um problema que há muito tempo nos assola. Esse imbróglio tem raízes na ineficiente fiscalização governamental e nas desigualdades socioeconômicas da nossa sociedade. Primeiramente, deve-se lembrar do contraste entre a administração atual e a de Getúlio Vargas. Este, criou a CLT, as bases das organizações sindicais e diversos outros meios de respaldar e fiscalizar os empregados e empregadores, esses mecanismos começaram a dificultar abusos praticados principalmente por patrões. Por outro lado, apesar da gravidade do crime, o governo atual não dá a devida importância para o trabalho escravo. O que prova isso são os dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho, que afirmam que de 2013 a 2017, as operações de fiscalização diminuíram para menos de um terço. Logo, com fiscalização ineficiente, a probabilidade de ser punido diminui e o patrão explora demasiadamente seu empregado. Em segundo lugar, cabe ressaltar as consequências desse grave problema. Desse modo, vê-se a degradação física e psicológica as quais o trabalhador está sujeito pelas jornadas exaustivas de até 16 horas de trabalho diários. Porém, a OIT afirma que o trabalhador não pode passar mais de 40 horas semanais no emprego. Portanto, o percurso labutar ao qual o trabalhador é submetido é desumano. Igualmente, grande parcela desses trabalhos são pesados e insalubres, logo, as condições do local de trabalho, dos alojamentos e a falta de assistência médica potencializam os efeitos negativos do trabalho escravo. Exemplo disso são os diversos acidentes de trabalho logo no inicio da revolução industrial, na qual os trabalhadores eram tratados literalmente como lixo. Fica claro, portanto, que a escravidão contemporânea é um grave problema social. Tendo isso em vista, é dever do Governo Federal, por meio de órgãos específicos, aumentar o investimento e a fiscalização em propriedades e estados onde o número de denúncias e casos seja alto. Por outro lado, o Governo Federal também deve incrementar políticas de distribuição de renda e programas de combate à fome, como o Bolsa Família e Fome Zero, como objetivo de tirar pessoas da extrema pobreza e deixá-las insusceptíveis ao trabalho análogo ao escravo.Só assim a administração pública vai diminuir os casos de escravidão no cenário nacional.