Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A Escravidão contemporânea e seus Efeitos no Brasil

Redação enviada em 01/02/2018

Desde o início do século XIX, acredita-se que não mais existe escravidão no Brasil. Porém, infelizmente, o trabalho escravo continua presente na contemporaneidade, sendo praticada de forma velada e muitas vezes ignorada pelas instituições judiciárias. O problema atinge, principalmente, uma parcela da população vulnerável economicamente e socialmente, que frequentemente não estão cientes de seus diretos, o que dificulta a ação de órgãos fiscalizadores. A criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), durante o Estado Novo, foi comemorada pelos brasileiros como uma grande conquista. Acreditava-se que a partir de então, todos os cidadãos teriam a garantia de direitos básicos ligados ao âmbito trabalhista. No entanto, ainda é possível encontrar pessoas em situações de trabalho deploráveis, como jornadas exaustivas e até mesma, baixa ou nenhuma remuneração. Como exemplo, é possível citar os “empregados” que realizam colheita de cacau no nordeste, sem as mínimas condições básicas para trabalhar. De forma semelhante, o documentário “O lado negro do chocolate” relata a exploração de crianças nas plantações de cacau a África, mostrando assim, que a escravidão moderna é uma realidade global. Dentre os grandes obstáculos para a resolução desse problema no Brasil está a dificuldade de se enquadrar, de acordo com a lei, o que seria uma situação de trabalho análoga à escravidão. Isso se deve às particularidades da servidão moderna, onde as amarras à terra não são realizadas através de algemas ou cárcere privado, mas sim através de dominação psicológica sobre o indivíduo vulnerável. Ou seja, grande parte dessa população não possui nível educacional básico, sendo que muitos são mesmo iletrados, o que facilita a ação do opressor em criar situações de falsas dívidas ou ameaças pelas quais o trabalhador não possui recursos para questionar. Assim, toda essa situação exploratória pode passar despercebida perante a lei. Dessa maneira, cabe aos consumidores averiguarem se as empresas produtoras de gêneros alimentícios possuem algum envolvimento já descrito com o trabalho escravo, dando preferência a marcas que não se utilizam do trabalho servil, de tal forma que haja uma resposta social às empresas que desrespeitam a dignidade humana. Além disso, cabe aos órgão fiscalizadores uma maior rigidez nas investigações de trabalho escravo, levando em consideração fatores ambientais e psicológicos além de evidências físicas, para que assim, os responsáveis respondam judicialmente pelo ocorrido e também para que os trabalhadores não sejam mais submetidos à situações que beiram a desumanização.