Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A Escravidão contemporânea e seus Efeitos no Brasil

Redação enviada em 17/01/2018

A escravidão, nos dias atuais, é uma crise humanitária presente em todo o planeta, tendo como um de seus principais impulsionadores a própria “transmudação” em trabalho assalariado, tornando cada vez mais árdua a sua caracterização. No entanto, é necessário avaliar até que ponto tão somente a difícil diferenciação é responsável, tendo em vista que a ineficiência do Estado, também, contribuí para esse processo. Observa-se, desde as mais antigas civilizações, que a escravidão surge como principal mão de obra para a subsistência dos grandes impérios, essa mesma base produtiva se mantém nos dias atuais, sendo “mascarada” de trabalho assalariado. Isso porque, o surgimento das revoluções industriais e do capitalismo possibilitaram alterações nas relações de trabalho, a mão de obra passou a ser remunerada, mas as precárias condições e as longas jornadas de trabalho continuaram inalteradas. Nesse sentido, as condições análogas à escravidão estão presentes em todo o mundo, e por contar com um salário a sua diferenciação do trabalho legal torna-se uma tarefa complexa. Cabe mencionar que as pessoas submetidas a tais condições dependem do mísero pagamento oferecido por esses serviços, e por essa razão acabam não denunciando tais ações, tornando tal prática recorrente, sobretudo, em países subdesenvolvidos onde as oportunidades para uma vida digna são mínimas. Aliado a esse fato, importa destacar a mínima atuação do Estado em solucionar problemas como esse. Como reflexo desse descaso governamental, segundo dados do ministério do trabalho, o número de operações contra o trabalho escravo apresenta a menor porcentagem em quase duas décadas. Nessa medida, a margem para que condições como essa se perpetuem em nossa sociedade só tende a crescer. A não atuação do estado nesses locais permite que os trabalhadores estejam submetidos às condições sub-humanas e grave ameaça, tendo sua vida controlada por terceiros. Sobre esse aspecto, a degradada condição de vida oferecida nesses ambientes laborais possibilitam outros problemas sociais, tais como: exploração infantil, tráfico de pessoas e exploração sexual. Dessa forma, evidencia-se que o drama enfrentado pelos os escravos, pós-capitalismo, está longe de acabar, tendo o próprio Estado e o capitalismo como um de seus principais motivadores. Portanto, cabe às entidades como a Organização Internacional do Trabalho e ONU estabelecer novas diretrizes para delimitar o trabalho escravo por meio de campanhas, em todo o mundo, objetivando a conscientização da população e, acima de tudo, dos Governos em todo o mundo.