Com o advento da descoberta das Américas, o continente africano sofreu com o tráfico de seres humanos que, após capturados, se destinavam ao árduo trabalho forçado nas colônias do novo mundo. Após séculos de revoltas e aflições, leis e organizações sindicais foram criadas ara proteger os trabalhadores de condições análogas à escravidão. Contudo, tais avanços sociais estão sendo ameaçados por decisões feitas pelo Estado e a falta de reação das organizações trabalhistas apenas contribui para a efetuação de medidas retrógradas.´ Após o impeachment de Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer aprovou propostas que alteram a noção de trabalho escravo na legislação. Tais propostas expõem os trabalhadores a interpretações oportunistas feitas pelos seus líderes, por serem menos rígidas e específicas quando comparadas às anteriores. Desse modo, chefes de organizações podem exigir mais de seus trabalhadores, colocando-os em situações de maior estresse. Aliado a isso, a falta de atitude da comunidade sindicalista em tentar dialogar com os líderes políticos acerca de decisões trabalhistas é preocupante, pois a realização de discussões é parte fundamental de uma sociedade democrática e mudanças que afetam a vida de milhões de cidadãos requerem debates em assembleias governamentais. Logo, medidas são necessárias para resolver o impasse. Almejando a resolução dos problemas causados pelas novas definições de trabalho escravo, é necessário revogar as medidas recentemente aprovadas por meio de reuniões entre o poder Legislativo e o Executivo. Além disso, essas assembleias precisam estar abertas à participação de organizações sindicais que representem o interesse dos trabalhadores, que criarão discussões além de defender o direito ao trabalho digno na sociedade.