Febre. Vermelhidão. Microcefalia. Náuseas. O surto de doenças provocadas pela picada do mosquito aedes aegypti, como a dengue, zika e chikungunya, põe em discussão a eficácia do sistema de saúde público brasileiro no combate às epidemias. Embora ele tenha evoluído em sua área de atuação, as enfermidades só serão efetivamente controladas com uma mudança de postura da população. O governo avança no caminho da erradicação do aedes aegypti. A criação do Plano Nacional de Controle da Dengue e a verificação de possíveis focos de proliferação - por meio da inspeção domiciliar por agentes da saúde - contribuíram para a redução do índice de indivíduos contaminados por zika, chikungunya e dengue. Ademais, o investimento em estudos , como o que libera mosquistos transgênicos em Piracicaba, São Paulo, comprova o engajamento do Estado nessa jornada e reitera o Artigo 6º da Constituição, em que a saúde é um direito de todos. A população, por sua vez, necessita ampliar seu engajamento no combate ao mosquito. Ações simples, como evitar o acúmulo de água em potes, pneus e garrafas PET, já seriam suficientes. O que se observa, no entanto, é que um grande número de brasileiros negligencia essas atitudes, ainda que tenham ciência da relevância de fazê-las. Assim como propõe o sociólogo Émile Durkheim, é preciso que todos trabalhem em conjunto para bom funcionamento da sociedade e, nesse caso, para a eficiência no combate do aedes aegypti. Pode-se, portanto, perceber que o aedes aegypti ainda é uma problemática preocupante nas cidades brasileiras. É fundamental que o Estado continue com suas medidas já adotadas e financie, ainda mais, pesquisas relacionadas à uma vacina contra as possíveis doenças advindas da picada do mosquito- através da verba destinada ao Ministério da Saúde. É preciso, também, que mais propagandas televisivas sejam feitas, a fim de alertar a população sobre a relevância da cooperação no combate ao inseto- por meio da verba advinda desse mesmo ministério.