O Aedes Aegypti, transmissor de diversas enfermidades, chegou ao Brasil ainda no período colonial e conseguiu se adaptar bem ao país. Além disso, ele é favorecido pelas medidas de combate pouco eficientes adotadas pela sociedade brasileira. Sendo assim, esse mosquito está se tornando um problema cada vez mais grave. Em princípio, é notável a ineficiência em combater o Aedes Aegypti por parte do Estado e da população. Nesse contexto, pode-se observar que as campanhas de conscientização ocorrem apenas em períodos de alta incidência de dengue, o que dificulta uma conscientização mais efetiva dos cidadãos. No entanto, não se pode culpar apenas o Estado, pois parte da população, mesmo tendo conhecimento sobre as consequências da proliferação desse mosquito, sequer verifica em suas moradias a existência de criadouros do vetor. Enquanto isso, aproveitando-se desse fato, o Aedes Aegypti ganha cada vez mais espaço nas cidades brasileiras, prejudicando até mesmo aqueles que ainda não nasceram. Nesse sentido, segundo o Ministério da Saúde, em 2015, houve recorde no número de casos registrados de dengue, que ultrapassou 1,4 milhão. Além do mais, o mosquito é transmissor do temido vírus da Zika, associado à microcefalia em fetos. Fica evidente, portanto, a necessidade de um maior empenho da sociedade brasileira com o objetivo de implementar medidas mais efetivas de combate ao Aedes Aegypti. Em primeiro momento, o Estado deve elaborar campanhas de conscientização permanentes através de palestras e propagandas na mídia informando sobre os perigos e formas de prevenção do mosquito. Ademais, é fundamental que a população adote atitudes que auxiliem a redução dele, por exemplo, verificar e eliminar, constantemente, os criadouros desse vetor em suas residências. Dessa forma, o Brasil poderá, progressivamente, atenuar esse problema.