Acredita-se que o mosquito Aedes aegypti é originário da África e tenha chegado no Brasil através dos navios negreiros ainda no período colonial. Em sua trajetória no Brasil, o mosquito quase foi extinto em 1955 como resultado de medidas contra a febre amarela. No entanto, no final da década de 1960, com o relaxamento das medidas profiláticas, o vetor reaparece. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados da Federação e em números alarmantes. A proliferação desordenada do mosquito é atualmente um dos principais problemas de saúde pública, pois, além das grandes complicações que o Aedes já trazia com a dengue, agora vem ainda mais agressivo com o vírus da Zika e Chikugunha, que eram até então, desconhecidas no país, além disso, pesquisas apontam intima relação de casos de microcefalia com o vírus da Zika. Segundo o Instituto Buntantan, o mosquito possui alta variabilidade genética, o que cria resistência a pesticidas, além disso, podem procriar em pequenas porções de água, sendo sujas ou limpas. Sendo então um mosquito de difícil combate. A situação atual e preocupante do mosquito reflete em um complexo contexto no qual se interagem não só a ineficácia de atuação do poder público mas também da sociedade em geral. Simples ações como tampar a caixa de água, limpar o terreno e virar garrafas para baixo ajudam de forma significativa. Além disso, as ações da esfera judiciária e executiva na fiscalização com intuito de coibir acúmulos de lixo em propriedades particulares são de fundamental importância. Portanto, a atuação entre população e justiça é um meio viável para erradicar o Aedes aegypti no país.