O Aedes aegypti é um velho conhecido da população brasileira. Trazido ao país ainda no período da escravidão, o mosquito tornou-se uma preocupação pelas doenças que pode transmitir, entre elas: a febre amarela, a dengue, a zika e a febre chikungunya. As três últimas vêm causando uma cautela ainda maior pelo alto índice de contaminação durante o ano de 2015. Na década de 1950, após rígidas medidas de controle adotadas pelo governo federal devido ao alto índice de febre amarela urbana, o Aedes aegypti foi erradicado do país. Contudo, como a população acabou se descuidando na manutenção do combate e o mosquito permaneceu em outros países do continente, acabou culminando na volta do mosquito à realidade brasileira. O combate ao mosquito é dificultado por diversos aspectos como: a recusa de parte da população em permitir que os agentes de controle de endemias entrem em suas residências para fiscalizar e orientar sobre como evitar o acúmulo de água parada, a falta de coleta seletiva nas cidades o que propicia o acúmulo de lixos em lugares impróprios facilitando o acúmulo de água e nas campanhas que só ganham ênfase no verão, ignorando que as larvas do mosquito resistem em média um ano mesmo sob condições adversas. A preocupação tornou-se ainda maior ao ser divulgado que cerca de 1,5 milhão de indivíduos foram contaminadas pelo Aedes aegypti em 2015 e ao ser comprovado que a zika em mulheres grávidas pode acarretar numa caso de microcefalia, que afeta a criança fazendo-a nascer com a circunferência craniana igual ou menor a 32 cm, acarretando problemas neurológicos de diversos graus. Desta forma, para que o Aedes aegypti possa ser erradicado é imprescindível que a população alie-se aos governos municipal, estadual e federal assumindo a responsabilidade conjunta através do comprometimento no combate a água parada em suas residências. Além disso, a coleta seletiva também torna-se eficaz ao evitar que o lixo fique em lugares inadequados servindo de criadouro para o mosquito, além de beneficiar a economia com a geração de emprego e renda no ramo dos recicláveis. Ademais, o investimento em pesquisas que possam desenvolver novos métodos para impedir a reprodução do vetor também é de grande importância para o melhoramento da saúde pública brasileira.