Título da redação:

Problemas antigos

Proposta: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 12/07/2017

Problemas antigos Os males do aedes aegypti são antigos. Ele já é conhecido desde a febre amarela em 1904 e causa epidemias contínuas desde 1986. As várias versões do vírus como o que causa hemorragia letal começam a preocupar a população e o Governo. Medidas preventivas contra a dengue encontram dificuldades porque é histórica a fragilidade do saneamento básico no Brasil em áreas pobres como é raro o comportamento coletivo nas demais áreas. Fruto da sociedade individualista, o Estado pouco investiu na estrutura sanitária, fator relacionado à transmissão de doenças. De fato, ainda existem milhares de municípios sem coleta oficial de lixo, sem esgoto tratado. Assim, favelas, cortiços e ocupações, devido à precariedade sanitária, tornam-se ambiente de reprodução do vetor. Logo, essas comunidades são culpabilizadas porque na ideologia atual os indivíduos são os únicos culpados pelo não zelo da limpeza. Porém, na realidade, não há escolha de fazer a prevenção se a coleta oficial de lixo não existe; não há ação individual se a situação é precária. Quando há estrutura sanitária na área, a dificuldade do comportamento coletivo bloqueia a prevenção. Se não há potes de lixo em todo o bairro, o pensamento individualista não quer o trabalho de formalizar a reclamação à prefeitura, o mesmo se o cidadão sabe de um local onde se despeja lixo, porque o bem estar da coletividade é fluído (como já explicou o sociólogo Zygmunt Bauman), intangível e por isso sem recompensa para a prática da cidadania. Portanto, o problema persistirá sem a melhora da estrutura sanitária, sem a mudança do pensamento individualista. Para diminuir o problema. O Ministério da Educação deve implantar de forma regular a matéria sobre a prevenção da dengue no cotidiano dos alunos. Além do ensino teórico, professores de Matemática e Geografia devem pedir trabalhos em campo no bairro da escola, de modo a fazer relatórios sobre locais onde não há coleta de lixo ou casas prováveis de foco de larvas do aedes aegypti. Essas informações seriam encaminhadas a líderes comunitários ou religiosos, que fariam visitas prévias a essas casas, dado o conhecimento deles do bairro, informando que em data determinada o agente da saúde faria a visita. Assim, casa indicadas e com indicação de “portas abertas” teriam prioridade, tornando eficaz o trabalho do Ministério da Saúde. A participação de estudantes, líderes comunitários e professores no direcionamento da atuação governamental numa ação coletiva poderá diminuir o problema.