Título da redação:

Por que o Brasil conseguiria acabar com o Aedes aegypti?

Proposta: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 30/06/2016

É irracional querer extinguir o vetor responsável por esses surtos, quando cada garrafinha de água é esvaziada, é depositada na rua, na calçada, na esquina de casa, e não na lata de lixo, onde, sabemos, que ela pertence. É completamente ilusionista pensar que o vetor não atinge rico. Aedes aegypti não escolhe status social. Mas sabemos que pobre é o mais propenso. É o mais próximo. É o mais fácil. Pobre não tem direito à saneamento básico, coleta de lixo, educação consciente sobre cuidados com o lixo. Enquanto o filho do rico possui cinco tipos de lixeira em sua área de serviço, o filho do pobre não possui uma lixeira, e sim um descampado com montanhas de saco plástico com diversos tipos de objetos bem próximo à sua casa. E, sabemos também, que as autoridades fingem não ver isso. O Aedes aegypti é forte, para o rico e para o pobre. Mas o rico ainda mantém sua força para combater este tipo de hospedeiro intermediário. O pobre, sabemos mais uma vez, que perdeu sua força para combate há algum tempo. Precisamos encontrar a força do pobre, igualá-la a força do rico, fazê-lo enxergar que não é um mosquito que vai lhe vencer. Podemos concluir, então, que não basta uma educação consciente sobre o lixo apenas para quem tem acesso à esta. Para alguém que não possui, exatamente, algo para jogar no lixo, uma educação consciente não é o bastante. É preciso cuidados intensos, olhos atentos a partir de autoridades, reeducação material, coleta de lixo regular, saneamento básico - que, como o nome sugere, é um direito básico -, instalação de lixeiras públicas, e, principalmente, igualar direitos de ricos e pobres. Há focos de dengue, há amontanhados de lixo, e há, também, quem acredite que pobres e ricos ocupam o mesmo lugar para o governo, ao mesmo nível. Mas há um número horrendo de pessoas sem um foco, sem um motivo para enxergar seu futuro melhorar, e esse número ultrapassa o poder Aedes.