A existência de doenças transmitidas por picadas de insetos está descrita nas antigas escrituras sagradas, em que a ação de insetos, nomeada de “nuvens de pragas”, era associada ao mau comportamento da população. Nos séculos XV e XVI, a população mundial sofreu com a epidemia de malária, quando esta tornou-se um dos fatores principais pela redução na produtividade da população e pelo aumento da mortalidade mundial. No Brasil, atualmente os casos de malária possuem poucas ocorrências. Diferentemente, as epidemias de dengue continuam a ocorrer no Brasil, com a incidência da doença em todas as federações. Além da Dengue, o mosquito Aedes Aegypti transmite doenças até então pouco conhecidas no Brasil, como a chikungunya e a zika. A diversificação das doenças transmitidas por esse mosquito indica que o Brasil precisa de medidas eficazes no seu combate. As medidas adotadas para erradicar a dengue no Brasil têm-se mostradas insuficientes. Estas são voltadas tanto para evitar a água parada, onde eles se reproduzem, quanto na inserção de gases conhecidos como fumacê, que agem no contato com mosquitos adultos. Na primeira medida, ainda que a população assuma a responsabilidade, locais de difícil acesso, como telhados, torna a retirada da água difícil. Matas e rios também são dois ambientes propícios o nascimento de larvas. Quanto à segunda medida, o fumacê é de uso limitado, por ser tóxico. Formas alternativas ao combate do Aedes Aegypti mostram-se exemplos pequenos de sucesso no Brasil. Um exemplo é o uso de peixes que se alimentam das larvas dos mosquitos, e reduzem o número de mosquitos. Outro exemplo é a pesquisa para alteração genética dos mosquitos, fazendo com que estes morram antes de atingir a vida adulta, período em que estes transmitem doenças. Ainda que ambas soluções sejam boas, o governo não explorou essas oportunidades. Pelo contrário, o Brasil reduziu o investimento nessas opções, para investir em vacinas. O governo brasileiro deveria focar na redução dos mosquitos Aedes Aegypti com o uso de tecnologias de identificação das regiões críticas onde há maior ocorrência de doenças. Essas regiões críticas deveriam ser, então, melhor monitoradas, para se localizar os criadouros desses mosquitos e posteriormente elimina-los. O uso de produtos tóxicos, como fumacê, poderiam ser aplicados de forma mais otimizada, sem provocar danos à saúde da população. O investimento em pesquisas sobre o uso de produtos menos nocivos seria uma solução mais rápida. A tecnologia quando bem usada sempre será uma importante ferramenta na batalha contra as doenças.