O Aedes aegypti já assola o Brasil há mais de cem anos e transmitia apenas a dengue e a febre amarela. Porém, a partir de 2014, passou a transmitir também o vírus da zica e a febre Chikungunya, o que causou grande impacto na saúde do país. Essas novas doenças em território brasileiro, causadas pelo inseto, foram alvo de teorias de que teriam aparecido por causa de mosquitos transgênicos. Todavia, o vírus da zica foi descoberto muito antes, na década de 40, em Uganda, enquanto cientistas faziam pesquisas na floresta que ficou conhecida como floresta de zica. Acredita-se que o vírus chegou no Brasil na copa do mundo de 2014 e alastrou-se no ambiente doméstico já que seu habitat, a floresta, sofreu grande desmatamento. Tal vírus também tem transmitido a paralisia de Guillain-Barré e casos de microcefalia em recém-nascidos. Infelizmente o processo de erradicação do mosquito é muito lento e difícil, devido à falta de estrutura do país e à falta de investimento do Governo nesse setor. Segundo uma pesquisa da ONU, menos da metade da população brasileira possui tratamento de esgoto. O abundante volume de lixo e os terrenos baldios também ajudam na proliferação do inseto, pois acumulam água das chuvas. Conclui-se, portanto, que a melhor solução para a problemática é o investimento intensivo do Governo em saneamento básico e em aterros sanitários de qualidade, com o apoio do Ministério da Saúde e com monitoramento dos agentes da Comlurb, que devem cuidar da devida coleta de lixo e dos agentes da saúde, que devem inspecionar casas e terrenos abandonados. Essa inspeção é muitas vezes dificultada pelas famílias, que têm receio de deixar os agentes entrarem em suas residências, por conta da criminalidade do país. Portanto, deve ser obrigatório que todos os agentes da saúde usem uniformes e credenciais do Governo, para que consigam entrar nas casas e acabar com os pontos de foco do mosquito, além de ensinar às pessoas a evitá-los.