Título da redação:

O problema não é só da saúde

Proposta: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 13/02/2016

Muita chuva, alta densidade demográfica e enorme quantidade de lixo são algumas das características dos centros urbanos do Brasil. País este que, de natureza tropical, é ambiente perfeito para o crescimento e a proliferação do Aedes Aegypti. O mosquito surgiu no continente africano por volta do século XVI e chegou à Ásia e Américas ainda na época da Colonização. No Brasil, os primeiros registros do Aedes estavam relacionados à febre amarela. Para combater a doença, o epidemiologista Oswaldo Cruz comandou uma série de medidas e, com isso, o mosquito foi erradicado no país. Mas, com o relaxo da população, no final da década de 70, ele voltou para ficar. Hoje, sabe-se que o Aedes Aegypti é vetor das doenças Dengue, Chikungunya e ZiKa. As duas primeiras desenvolvem sintomas semelhantes, como dores nas articulações, febres e manchas avermelhadas no corpo. Já a última, pode estar relacionada ao nascimento de bebês com microcefalia, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não reconheça esta ligação, em virtude da ausência de fatos que a comprovem. O mosquito já infectou milhares de pessoas no país, trazendo choro e algumas mortes, e a OMS declarou emergência global. Com o intuito de evitar uma piora da situação, algumas medidas foram tomadas: os meios midiáticos conduzem a população a diminuir os focos do Aedes em seus domicílios e o governo permite a vigilância de residências por agentes, além da organização de mutirões. Enquanto isso, a saúde se encarrega de estudar o vetor e tentar desenvolver vacinas. No entanto, é preciso mais! A guerra não é só contra o mosquito, mas também contra a individualidade e concorrência. O governo não consegue lutar sozinho, nem a saúde, nem a mídia, nem a população. E é por isso que as medidas adotadas não têm sido eficazes. Deve-se haver um sistema integrado, onde o governo municipal, estadual e federal, o urbanismo, a cidadania, a educação, a segurança pública, a saúde combatam juntos, onde as forças de vontade se unam para serem mais fortes. Além disso, nada deve ser falado só para fingir em escala internacional que algo está sendo feito, deve-se haver real preocupação com a população, não só brasileira, mas mundial, tendo em vista o evento Rio 2016, que unirá gente do mundo todo num país em atual estado de epidemia.