O ano de 2014 obteve quedas nas taxas de pessoas infetadas pelo vírus da dengue. Tal fato mostrava um cenário positivo para as formas de combate a tal doença. Porém, no ano de 2015 esta voltou com muita força, sendo registrado 1.438.497 casos no Brasil. Além disso novas análises mostram que, além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também transmite o vírus chikungunya e o vírus da febre Zika. O resultado do ano de 2015 serviu para mostrar a ineficácia das formas de combate. Tais doenças se não forem tratadas corretamente podem levar à morte em 20% dos casos. A região Sudeste, por exemplo, representa 64% dos casos em todo o Brasil, sendo que muitos destes se encontram em regiões precárias, com falta de infraestrutura, dificuldade no acesso às informações sobre prevenção e combate. Os atuais problemas com o vírus causador da chicungunya e o vírus da febre Zika são decorrentes da falta de responsabilidade e eficácia no combate ao mosquito. Caso fossem adotadas formas de diminuir a população de Aedes aegypti durante campanhas contra a dengue, talvez os resultados não acabassem neste cenário negativo em que estamos vivendo. A queda nos casos de pessoas com dengue em 2014 mostra que a base das medidas ainda pode ser aproveitada, porém ainda muito que fazer para evitar um desastre semelhante a 2015. O governo deve intensificar suas campanhas públicas para orientar a população e incentivar estas a praticarem tais ações, além de aumentar o número de pessoas envolvidas com o combate e prosseguir com suas pesquisas científicas; a população deve sempre impedir o acúmulo de água parada evitando a presença de larvas e passar a usar repelentes em áreas que já tiveram casos. A união entre Estado e a população será responsável pelo sucesso do Plano Nacional de Enfrentamento à Macrocefalia e consequentemente ao fim da ameaça do Aedes aegypti.