O mosquito Aedes Aegypti é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelo mundo desde o século XVI. Acredita-se que o vetor tenha sido introduzido no Brasil por meio dos navios negreiros no período colonial. Atualmente o mosquito é o responsável pela transmissão de três vírus no Brasil. O aumento das complicações na saúde da população nos faz questionar a eficiência das ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes Aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. Porém no final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou a reintrodução do vetor em território nacional. Atualmente precisa-se de medidas mais severas considerando a gravidade da situação e até mesmo a crise hídrica. A falta de água tanto no Sudeste como no Nordeste brasileiro acabou induzindo a população a armazenar água em casa, onde a mesma permanece parada que consequentemente ajuda na proliferação do mosquito. Em dezembro de 2015, o governo federal divulgou o Plano Nacional de Enfrentamento a Microcefalia, uma doença desencadeada nos recém-nascidos devidos as sua mães terem contraído o vírus Zica durante a gestação. Esse é apenas um dos vírus transmitido pelo Aedes Aegypti que vem assolando a população. Casos de dengue e chinkungunya já são comuns em todos os estados brasileiros, os números de casos estão cada vez maiores, não há mais diferença entre verão ou inverno, a água parada já é uma realidade na vida das pessoas, e esse fato assusta. Jacques Bossuet estava certo ao afirmar que a saúde depende mais das precauções do que dos médicos, tendo em vista que a solução para o problema seria eliminar o mosquito de vez do território brasileiro com políticas de intervenção na continuidade da reprodução do mosquito Aedes Aegypti. Mas apenas isso não seria suficiente, segundo o filósofo brasileiro Paulo Freire, se a educação sozinha não muda a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Portanto, dizer que as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti é eficaz seria um erro, o mosquito ainda existe e se reproduz surpreendentemente rápido. É necessário elevar o estado de vigilância a nível máximo, e não apenas recrutar agentes de saúde, mas também incluir os próprios moradores nessa luta, só assim eliminaremos de vez o mosquito e iremos prevenir que ele volte.