Título da redação:

Cabaré oculto

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 29/05/2018

Cabaré oculto Repelente. Inseticida. Vacina. Desde o início do século XX, com Oswaldo Cruz, o Brasil convive com o combate contínuo às viroses endêmicas transmitidas por insetos. Com o passar do tempo, surgiram novas doenças, como a Zika e a Chicungunya, além de reincidirem casos de outras consideradas erradicadas, como a Febre Amarela e a Dengue, resultando em transtornos na saúde pública e causando considerável preocupação na sociedade. Um dos fatores que contam para essa manutenção de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é a dificuldade de confrontar o próprio transmissor, o qual se adaptou às áreas urbanas e se aproveita da falta de saneamento básico das grandes cidades. Por liberar suas ovas em aglomerados de água parada, locais como potes de água de animais, esgoto a céu aberto e água de chuva acumulada em objetos descartados de maneira incorreta, as metrópoles tornam-se ambientes ideais para a procriação desses seres, tendo as fêmeas da espécie citada infectando humanos com a picada, a fim de obter os nutrientes para seus ovos. É verdade que o Governo promove diversas campanhas de combate ao transmissor das principais viroses endêmicas. Contudo, a população não contribui de maneira adequada para que as medidas paliativas propostas, como tampar caixas d’água e colocar areia em vasos de planta até a borda, causem o efeito desejado. Segundo laudo do Ministério da Saúde, dois a cada três criadouros de larvas e mosquitos se encontram em residências, evidenciando – dessa forma – a contribuição da população não para o combate, mas para a procriação dos vetores. Observa-se, portanto, que o combate ao Aedes aegypti ainda é ineficiente, necessitando de medidas. Por isso, o Ministério da Educação deve, em conjunto com o Ministério da Cultura e as mídias, desenvolver e transmitir desenhos animados que abordem o combate a doenças causadas por esse mosquito, apelando para as crianças que o assistem a ajudar no embate ao vetor, a fim de incentivar elas a praticarem as medidas profiláticas em suas casas. Além disso, as ONG’s necessitam, por meio de denúncias, auxiliar o Estado a identificar focos de larvas e destruí-los, visando impedir a reprodução desse transmissor de doenças tropicais e diminuir posteriormente sua população.