O Aedes aegypti chegou no Brasil através de embarcações quando ainda existia o tráfico negreiro. Esse vetor conhecido popularmente como “mosquito da dengue” tem se alastrado de forma tão alarmante que não foi possível contê-lo, e chegou a atingir mais de milhares de pessoas deixando a essas apenas tragédias e até mesmo a morte. Em primeiro lugar, vale ressaltar que embora os brasileiros tenham tomado certas medidas para que a população não fosse afetada, essas não obtiveram os resultados esperados já que foram registrados 1.438.497 casos de dengue só no ano de 2015. Outro fator desesperador foi o surgimento de mais duas doenças provenientes desse mosquito: a zika e a chikungunya, fora a dengue que já era um motivo preocupante e em tentativa de combate. Portanto, é possível aplicar nesse contexto a metáfora do “caçador x jardineiro” de Zygmunt Bauman, onde caracteriza o caçador como imediatista, individualista e que não altera o real, e o jardineiro como altruísta, que altera o real e espera efeitos a longo prazo. Seguindo esse pensamento, a sociedade deveria aderir a estratégia de bons “jardineiros”, através do trabalho coletivo e ainda com medidas simples como por exemplo, ações mínimas no seu próprio lar tentando amenizar o foco do mosquito. Ademais, ter uma visão progressista envolvendo planejar tudo o que deve ser feito, sabendo o que “plantar” a fim de “colher” adiante. Dessa forma, é preciso que o Governo invista em profissionais que atuam na área de fiscalização para aplicarem multas se necessário, aos ambientes que estejam em condições inadequadas, principalmente aos que contém água parada. Também seria interessante que o mesmo fizesse investimentos na parte das ciências biológicas para que profissionais possam criar mosquitos machos estéreis que quando liberados na natureza reduziriam cada vez mais a sua prole. Às escolas caberiam fazer palestras, e a mídia propagandas e anúncios a fim de alertar a população dos riscos que o Aedes aegypti traz, auxiliando no que deve ser feito com os focos para tentar minimizá-los. Assim, trabalhando em coletividade haverá o bem comum.