Título da redação:

Armas contra o Aedes aegypti

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 12/03/2016

Um país de clima tropical com temperaturas elevadas e chuvas recorrentes. Essas são características facilitadoras para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em locais quentes e úmidos. Este, por sua vez, tem mobilizado debates em todo o Brasil por ser transmissor não apenas da dengue, mas também da chikungunya e do Zica vírus, sendo este último responsável por causar danos graves ao ser humano, como a microcefalia. Diante disso, é válido ressaltar a relevância da participação do poder público, bem como da sociedade, no combate mais eficiente ao mosquito. Há décadas o Brasil enfrenta epidemias causadas pelo vetor Aedes aegypti, como a dengue, em que milhares de brasileiros são acometidos, sobretudo no verão. Além disso, os noticiários mostram que a grande parte dos criadouros do mosquito está nas residências, tornando necessária, assim, a participação de cada cidadão no combate a este vetor, pois é perceptível que não se trata apenas de um problema governamental, mas sim uma questão de saúde pública, que necessita da atenção de todos. Por outro lado, apesar de alguns municípios brasileiros, como Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, se destacaram com a criação de leis que visam o combate mais ágil dos focos de reprodução do mosquito, tornando possível, por exemplo, que agentes sanitários entrem em imóveis particulares, no caso de recusa ou ausência de moradores, o país ainda enfrenta dificuldades na gestão dos recursos destinados a esse combate, muitas vezes ocorrendo desvios e fraudes. Hoje, muitos municípios não dispõem das ferramentas básicas para impedir a proliferação do mosquito, como os larvicidas. Portanto, fica evidente que o combate ao mosquito Aedes aegypti é um desafio que exige políticas mais transparentes e a ação do cidadão. Dessa forma, cabe ao poder público elaborar estratégias que fiscalizem, com mais rigor, os recursos destinados à erradicação do mosquito, como a criação de órgãos de monitoramento, além da ampliação de leis para todo o território nacional, como no caso de Jaboatão, pois isso facilitará o trabalho dos agentes sanitários. Também é decisiva a participação da mídia na conscientização da sociedade, orientando-a sobre como evitar que o Aedes se reproduza. Para isso, tampar os depósitos de água e não abandonar lixos nas ruas, como pneus e garrafas, são fundamentais.